11
de outubro de 2005
Não
sei se todo mundo conhece os personagens de Wallace
e seu cachorro Gromit, criados pelo inglês
Nick Park numa série de filmes curtos de animação,
sendo que dois deles já ganharam Oscars da
categoria (A Close Shave/ O
Fio da Navalha [95]; The Wrong Trousers/
As Calças Erradas, [95]).
Park tem também outro Oscar de curta de animação
por Creatures Comforts (89), mas sob
outro tema.
E os personagens do detetive Wallace e seu cachorro
Gromit apareceram também em outros curtas
(o primeiro A Grand Day Out/ Um
Grande Passeio (89). Mas
eles não existem disponíveis em
DVD no Brasil e por se limitam a serem cults por
aqui.
Este
A Batalha dos Vegetais é seu
primeiro longa e como recomendação
basta dizer que é da mesma equipe que fez
o delicioso A Fuga das Galinhas, um
dos meus filmes favoritos, do gênero. É
animação, mas de bonecos, não
por computador, tudo ainda manual e trabalhoso.
Também muito caro (quem tem pago a conta é a
Dreamworks). Mas ouça o bom conselho, esta é outra
animação que não é apenas
para crianças. Não havia gostado nada
do trailer e fiquei temeroso que eles não
conseguissem sustentar um longa-metragem.
Mas felizmente não havia o que temer.
Muito
rapidamente a gente se enamora principalmente do
fiel cão Gromit (que não diz uma
palavra mas tem olhos e orelhas expressivas e está sempre
tirando seu dono de problemas). Numa história
divertida, se bem que um pouco britânica demais.
Os heróis agora têm que impedir que
um coelho gigante (que se chama “coelhosomen” como
lobisomen) ataque os vegetais de uma vila transtornado
a feira que se realiza nela. A moral da história é que
os coelhos estão atacando os vegetais e para
não matá-los (o vilão é um
grotesco caçador cuja voz é feita por
Ralph Fiennes) , Wallace inventa um complicado sistema
que dá errado.
E ele mesmo é que acaba se tornando uma espécie
de Coelho Gigante, misto de Lobisomen que ataca cenouras
e hortaliças em geral. Naturalmente é uma
brincadeira com filmes de terror, e alguns trocadilhos
podem escapar na versão dublada.
Mas é uma aventura encantadora, criativa,
que não envergonha sua ilustre origem.
Ah,
e os adultos também vão vibrar!.
Por
Rubens Ewald Filho