26
de janeiro de 2006
Não
ha muito o que dizer desta continuação
ainda mais tolinha e inócua que o original,
mas igualmente inofensiva. Sumiu mesmo qualquer referencia
ao filme dos anos 50 do mesmo nome (que ele é refilmagem
apenas em nome, curiosamente ele tambem tem uma continuação
chamada A Família do Gênio onde se mostrava
como a família sobrevivia quando o pai morria
e a mãe tinha que assumir os encargos de todos.
Ou seja era um drama real, tratado de forma delicada
e com ênfase nos problemas das filhas). Mas
aqui o temos é uma chanchada assumida, com
algumas piadas visuais razoáveis mas num todo
muito fraco e descartável.
Parece
que Steve Martin alterna de propósito
fitas mais ambiciosas (como seu Shopgirl ainda
inédita
no Brasil e fracasso nos EUA que é baseada
num romance de sua autoria) com outras abertamente
comerciais como aqui, onde todo o elenco original
esta de volta, mesmo sem ter muito o que fazer (Tom
Welling o Superman da boa serie Smallville esta
ausente em algumas cenas onde deveria participar
talvez porque estava ocupado demais gravando o seriado).
Agora
a família tem problemas com a filha
mais velha (Piper Perabo) que esta grávida
e prestes a ter um bebê. Ainda assim Steve convence
todos a irem passar o verão numa casa num
lago, onde ira reencontrar seu antigo rival (o sempre ótimo
Levy) que agora ficou muito rico e tem um monte de
filhos também e uma nova esposa bonita (Carmen Electra,
que pela primeira vez da sinais de que é mais
do que um corpo, numa interpretação
doce e simpatia). Os dois se envolvem numa competividade
absurda, sempre culminada em desastre em geral causada
por algum bicho, o cachorro, ou um rato que infesta
a casa. Ou algo que o valha. Mas não há o
menor cuidado em construir gags ou desenvolver tramas
e em geral, ninguém tem muito o que fazer.
Então a gente fica observando frivolidades
tais como Martin, que esta carregado de pancake na
cara, Deus sabe porque…
Hilary
Duff, ex-idolo teen que envelhece mal, fica magra
demais, queixudo
e desagradavel, Bonnie Hunt que faz a mãe
e anda precisando de uma plástica. Ou seja,
quando não se ri ao menos provoca os piores
instintos no observador casual. Não e propriamente
um filme para criancas, nem para adultos, nem para
festas de fim de ano. Aliás, este ano as datas das
festas prejudicaram os filmes já que caiu
num sábado e domingo, quando por vezes tiveram
que fechar e fazer menos sessões.
Na
verdade, dentre os filmes para o Oscar®, este
com certeza sera
esquecido. Com toda justiça.
Por
Rubens Ewald Filho