26
de janeiro de 2006
O
tipo do filme que só passa nos cinemas para
promover depois o lançamento em DVD / Home-Video,
que é o lugar para onde foi destinado desde
sua criação, toda feita com orçamento
reduzido (poucos atores, única locação,
cenas escuras) para não dizer o excesso de
closes (planos próximos) e sustos fáceis
(barulhos e estrondos que tentam provocar espanto
no espectador desavisado).
Sua única atração é a
presença sempre forte da Maria Bello, que
finalmente aos 41 anos foi descoberta para prêmios
com A História de Violência.
Mas que sempre foi talentosa.
Ela que segura esta história que lembra dezenas
de outras, sobre mães determinadas a salvar
seus filhos.
No caso nada é muito explicado, pelo jeito
propositalmente, já que o roteiro não é muito
profundo. Ela é uma mulher divorciada com
uma filha pré- adolescente, daquelas permanentemente “aborrecentes”.
Ou seja, sempre de má vontade e mau humor.
A mãe tenta agrada-la levando-a para encontrar
o pai que vive isolado na costa montanhosa do País
de Gales.
Só que lá existiu no mesmo lugar uma
seita religiosa comandada por um pastor maluco que
levou todos os crentes ao suicídio, pulando
de um precipício para a morte no mar. Imediatamente
a menina fica possuída (ou ao menos é influenciada)
por uma outra menina que foi morta e que segundo
uma lenda local, ressuscitará caso haja uma
troca de corpos, de mortos.
E isso acaba acontecendo quando a filha é tragada
pelas águas.
E mãe não se conforma com isso, fazendo
de tudo e investigando os sussurros de seu sótão
para resolver o caso.
Se
a fita é medíocre e banal, piora
no final, porque a conclusão além de
extensa, não é satisfatória
moralmente.
Nem dramaticamente ao menos, não para o espectador
que sofreu tanto para ver um fim tão desastrado.
Outra figura incompetente é o personagem do
pai, que faz tudo errado (e é feito pelo Sean
Bean, de O Senhor dos Anéis).
Produzido
por Paul W.S. Anderson, foi dirigido por John Fawcett
que veio de um cult terror chamado Ginger
Snaps.
Por
Rubens Ewald Filho