18
de novembro de
2004
Há duas
semanas grande sucesso em nossos cinemas, este filme de suspense
tem dividido o publico porque foi vendido como uma história
de fantasmas à la Os Outros e acaba sendo outra coisa.
Está mais próximo de um episódio de Arquivo
X. Mas essa rejeição, acho, que é mais devida
aos problemas que certa parte dos espectadores tem com a ficção
cientifica e a fantasia, ainda considerados gêneros menores.
Coisa
que não concordo. Esta história do especialista
e veterano Gerald Di Pego (Fenômeno, Olhos de Anjo,
Instinto,
até telefilmes do Hulk) dirigida pelo competente
mas medíocre
Joseph Ruben (Dormindo com o Inimigo), parece
um pouco certas obras de Stephen King, que têm grandes
pontos de partida. O problema é que em geral King não
sabe resolvê-los.
Enquanto aqui conseguiram uma resolução bem interessante.
Não vou revelar qual é, mas basta dizer que ela
convence dentro do gênero que se inscreve e tem uma boa
moral, e bastante lógica ao reforçar a força
do amor (e energia) de mãe. Julianne Moore esta especialmente
bem e bonita (até porque já avança em idade)
neste personagem de uma dona de casa (casada com Anthony Edwards)
que foi feliz até o dia em que o filho deles morreu num
desastre de aviação. Ela recusa aceitar a morte
dele mesmo ajudada por um psiquiatra (Gary Sinise) e não
quer esquecê-lo. Até o dia em que todos querem lhe
convencer que o garoto nunca existiu, que essa perda nunca sucedeu.
Estranhando, pensando que ficou louca, ela procura um conhecido
que também perdeu a filha no mesmo acidente (Dominic West).
Acaba sendo perseguida pelo FBI, pela polícia (representada
pela simpática policial feita pela ótima Alfre
Woodard), aparentemente todos a considerando louca e perigosa.
Enquanto procura por provas da existência do filho, a fuga
prossegue com a ajuda de Dominic que tenta se livrar do alcoolismo.
A
primeira metade todos concordam é um excelente exercício
em suspense, em manter a tensão. Quando chega a parte
da resolução, certo publico o rejeita. Eu continuo
com o filme (que por sinal foi bem nos EUA com perto de 80 milhões
de dólares), apreciando o uso de efeitos especiais (um
deles, na casa a beira do lago, chega a assustar). E gostando
da conclusão, que me faz sentido. Mas que alguns críticos
falaram mal talvez até por ela ser positiva. Enfim, queria
fazer a defesa deste thriller (e não trailer) que merece
ser visto.
Por Rubens Ewald Filho
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