24
de junho de
2005
Foi
uma boa idéia contratar Heloisa Perissé (Cócegas)
para não apenas dublar a hipopótamo Glória
mas principalmente para fazer a adaptação nacional
deste filme de animação. Ela realizou um bom trabalho,
com sua reconhecida capacidade e talento. Pena que o filme não
seja nada mais do que um passatempo banal, engraçadinho,
mas imemorável. Ou
vai ver, a nossa expectativa ficou alta demais com os trabalhos
da Pixar.
Mesmo
o trailer já deixava desconfiar que esta
aventura é curiosa e nada mais. A começar pelo
título meio despropositado (o nome desse país
tem nada a ver com a história, poderia ser qualquer
outro). O ponto de partida é um zoológico em
Nova York, onde impera o rei leão popular e vaidoso
Alex e que tem como amigos além de Glória, Marty
a zebra e Melman, a girafa. Todos são simpáticos
mas não especialmente
divertidos e na verdade, a situação só melhora
quando eles acidentalmente fogem do Zôo , vão
parar num navio e acabam sendo náufragos numa praia
que depois será o do lugar título. Não
deixam de fazer todas as citações de filmes famosos
(como “Náufrago” de
Tom Hanks), “Beleza Americana”, “A Missão”, “Silêncio
dos Inocentes”, “Planeta dos Macacos”, “Doutor
Fantástico”, “Carruagens de Fogo”, “A
história de Elza” (o tema do filme “Born
Free!”), “Embalos
de Sábado à Noite”, “Zoolander”, “Fantasia”.
Além de séries de teve como “Havaí 5-0”,
e especiais do National Geographic. Assim eles brigam, têm
problemas com os residentes locais, mas outra vez a impressão
que me ficou foi que, a cena e o detalhe mais marcante, é cuspir
a bebida ruim (o que as crianças pequenas irão
imitar para desespero dos pais diante do mau exemplo).
Ou
seja, apenas uma animação convencional, mais
indicada para crianças pequenas que adultos.
Por Rubens Ewald Filho
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