19
de novembro de 2005
Está longe
de ter qualquer importância, mas no meio de
uma Mostra Internacional (que estava em cartaz em
São
Paulo) estava disposto a assistir um filme banal
e despretensioso como este Mergulho Radical,
que parece ter sido feito como desculpa para se ficar
contemplando o belo corpo de Jéssica Alba
(de Quarteto Fantástico) de
biquini, mergulhando por entre os tubarões
das Bahamas. Muito parecido com "The Deep” (O
Fundo do Mar), um filme dos anos 70, com Jacqueline
Bisset e Nick Nolte que tinha a mesma história,
a aventura ao menos tem eficiente fotografia submarina
(de grande nitidez) e dizem não terem usado
efeitos digitais (o que eu duvido, pois alguns tubarões,
me pareceram fakes demais). Paul Walker, aquele loirinho
de Velozes e Furiosos, continua totalmente
inexpressivo (ele mesmo mergulha porque foi surfista)
no papel de um caçador de tesouros nas Bahamas,
que vive com Jéssica (que trabalha num lugar
tipo “Seaworld”) e por acaso descobre
os restos de um lendário galeão afundado.
Só que por coincidência, também
por ali estão os restos de um avião
afundado com milhões em cocaína (que
vimos cair no prólogo). Obviamente eles serão
perseguidos por traficantes e policiais corruptos,
até porque o casal de amigos deles (Scott
Caan e Ashley Scott), insistem em se comportarem
como débeis mentais e fazerem besteira. Só mesmo
em cinema tem alguma lógica Caan fazer um
advogado que ganha o uso de uma mansão enorme
com barcos e jetskis, o que permite a eles desenvolverem
a aventura.
Que
não tem nada de novo (nem mesmo o uso
dramático dos tubarões que eles pintam
como menos perigosos que de costume), mas não
chega a ser desagradável. Dirigida pelo ex-ator
John Stockwell (que fez antes uma fita de surfe chamada
A Onda dos Sonhos), funciona como programa de
matiné, particularmente para o público
masculino. Sem maiores aspirações.
Por
Rubens Ewald Filho