21
de junho de
2005
É uma
saída para o cinema latino, fazer co-produções
como esta entre Argentina (o rapaz Lucas Crespi da série
Chiquititas local é de lá), México e Espanha.
O diretor é veterano
montador e produtor de mais de 40 filmes, em seu segundo filme
como realizador. Ele utiliza um
roteiro de Martin Salinas, o mesmo de Gaby, uma historia
verdadeira. Sem dúvida, com cara de Quentin Tarantino.
Claro que a melhor coisa, é justamente o script divertido
e cheio de reviravoltas e coisas bizarras. Sempre brincando,
e ironizando com o cigarro e suas conseqüências. Daí,
o titulo. Toda ação se passa numa única
noite no espaço de algumas horas na Cidade do México,
quando um grupo de pequenos vigaristas (um mais velho, outro
jovem e um terceiro nerd de computador), vai fazer uma transação
com diamantes de um quadrilha de russos. Cada um tem seus problemas:
o Nerd (feito por Diego Luna, de E Sua Mãe Também, é apaixonado
pela vizinha, que espiona com câmeras e truques (só que é descoberto).
O argentino se envolve com uma moça da farmácia
que depois irá ajudá-lo, quando o companheiro fica
ferido. O problema, é que por causa de uma barata, que
aparece fora de hora, e uma troca de disquetes, acontece um tiroteio
e uma fuga. O russo se refugia num barbeiro (onde provoca a cobiça
da mulher deste que não tem o menor escrúpulo de
abrir as entranhas da vítima). Mas, melhor não
dar detalhes. Basta dizer que, o roteiro consegue fazer a gente
se envolver com os personagens (apesar deles não serem
figuras amáveis ou de grande caráter). A gente
vai vendo a situação se complicar, com soluções
inusitadas e irônicas. O filme ganhou 6 Ariels (o Oscar
mexicano) inclusive roteiro, ator, atriz coadjuvante, Montagem;
5 MTV Movie Awards México e foi indicado ao Sindicato
dos Editores de Som de Hollywood.
É uma prova do bom estado
do Novo Cinema Mexicano. Vale conferir.
Por Rubens Ewald Filho
(Foto: Divulgação. ©2004
Arenas Entertainment) |