PENETRAS BONS DE BICO (Wedding Crashers)
 


20 de setembro de 2005

Este fim de semana completou pouco mais de 200 milhões de renda nos EUA - e ainda não parou - o que o torna sem dúvida um dos maiores, se não o maior sucesso do ano (não esqueçam que quase tudo em 2005, deu errado). Estreando numa quarta-feira (07/09) para aproveitar o feriado de fim-de-semana prolongado, pode ser a diversão ideal para casais em busca de passatempo. Porque é um filme muito habilidoso, na primeira parte é uma pornô-chanchada bastante engraçada (os homens adoram) e na segunda, vira uma comédia romântica (o que apazigua as mulheres, que também passam a apreciá-lo). O problema insolúvel é que, os primeiros dez, quinze minutos tem um ritmo incrível, são muito engraçados e acaba se tornando impossível manter o pique.

A história vocês já devem ter ouvido falar. É sobre dois amigos que moram em Washington D. C., já no final da casa dos trinta anos, que trabalham como consultores de divórcios (Rebecca De Mornay volta ao cinema na seqüência inicial) mas que realmente se divertem furando casamentos. Têm uma série de truques e artimanhas que usam para invadir as festas, sem ninguém perceber nada. Ao contrário, ficam amigos de todos e invariavelmente conseguem conquistar as garotas mais bonitas das festas. E assim vivem bem, até o dia em que resolvem ser penetras na festa de casamento de uma das filhas de um Secretário de Estado (que é feito pelo sempre impecável Christopher Walken. Basta olhar para a cara dele que se percebe sempre tudo. Um gênio).

Penetrar não é difícil, o complicado é sair dali, porque um deles (Vince Vaughn, que tem cara de bandido, mas parece ter encontrado seu espaço nas comédias) se envolve e transa com a filha mais nova do Secretário, que ficou louca por ele. Pior é o caso do outro Owen Wilson, que foi logo se apaixonar pela outra filha (quem faz o papel é Rachel MacAdams que esta mesma semana também impressiona muito bem em Vôo Noturno). E ambos são convidados para esticar o fim-de- semana na propriedade da família, onde encontram algumas figuras bizarras (a menos bem resolvida é o filho gay, que é mostrado como tarado e maluco, interpretado por Keir O´Donnell, que se parece mas, não é o garoto de “Billy Elliot”. Aliás quem tem uma participação especial na parte final e, não esta especialmente engraçado é Will Ferrell, que costuma sempre trabalhar com a dupla de astros da fita.

O que era chanchada rasgada, com piadas fortes (coisa que andava fora de moda desde American Pie) acaba virando uma história dupla de amor,que não chega a ser desagradável. Mas a quota de risos cai bastante. Apesar de tudo, saimos do cinema com a impressão de que nos divertimos.

Um detalhe: quem faz a mulher de Walken e mãe das meninas é a estrela de televisão Jane Seymour (“de Dra. Quinn”), que tenta voltar a ser sexy como nos tempos em que foi Bond Girl.
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Por Rubens Ewald Filho

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