23
de abril de 2004
É bom
que pela primeira vez em anos, desde Johnny Cem Pesos, um filme
chileno esteja chegando às nossas salas de cinema.
E o
mais curioso é que se trata de uma fita comercial,
campeã de bilheteria por lá, Sexo com
Amor, de
Boris Quércia. No fundo, apenas uma porno-chanchada,
bastante liberal para um país moralista (nudez feminina
freqüente,
temática forte). Tecnicamente banal (excesso de closes,
trilha musical inexpressiva, elenco apenas razoável)
o filme tem um roteiro até competente.
São
três casais, unidos pelo fato de que seus filhos
estão na mesma classe e escola (onde se discute se deve
ou não haver aulas de educação sexual).
Assim, um deles é um escritor que faz o elogio do sexo
com amor (assunto apenas pincelado para dar um tom mais sério à fita)
e que está em crise com a esposa e tendo um caso com a
professora de sexo, que por sua vez tem um caso com um pintor
(o problema é quando ela engravida).
Outro
casal é um galinha, incapaz de ser fiel à esposa
que está grávida, mas que morre de ciúmes
quando ela arranja um amigo gay. E um terceiro, um açougueiro
que tem problemas de cama com a esposa (ambos tentam resolvê-lo,
através da masturbação e do adultério
em família). Depois de conhecermos os personagens, as
piadas correm mais fáceis e, por vezes, fazem rir. Nada
mais.
Por Rubens Ewald Filho
|