05 de maio de 2006
Meryl Streep já comentou varias vezes que de vez em quando ela gosta de fazer comédia, de escapar um pouco dos papéis densos e dramáticos para geralmente a chamam. Pena que o mercado hoje em dia não esteja favorável (parece que as pessoas estão com preguiça de ir ao cinema) para comédias como esta, indicadas ao publico feminino (que irá entender melhor a trama e situação). Mas atenção,não é uma comédia romântica das quais os rapazes tem tanta aversão. Apenas comédia, de costumes se quiserem. E muito engraçada. Ao menos, eu me diverti muito.
Sandra Bullock é quem ia fazer o papel central mas exigiu mudanças no roteiro e largou o projeto apenas duas semanas antes das filmagens e foi substituída por Uma Thurman. Não acho que faz falta (apesar de que Sandra tem o publico dela). O diretor/roteirista Ben Younger é bastante sofisticado e estreou com Primeiro Milhão (Boiler Room, 2000). Agora conta a história de uma psiquiatra judia de Nova York Lisa Metzger que é aquela clássica mãe judia controladora. Ela tem uma cliente de que gosta bastante, uma executiva de 35 anos, bem sucedida, que ela aconselha a procurar um novo relacionamento. Por acaso, esta conhece um jovem aspirante a pintor, bem mais novo que ela, David (o jovem Bryan que fez vários episódios de One Tree Hill). E tudo parece ir muito bem, até quando Lisa descobre que o namoro dela, com quem esta compartilhando detalhes da intimidade sexual, é justamente o próprio filho dela. E daí a saia justa, a confusão, os problemas, as brigas e confusões.
É verdade que se trata de uma comédia de uma piada só, que é explorada até a exaustão. Mas é feita por experts e o momento da descoberta por Meryl é um primor de timing e interpretação. Quem faz ou fez terapia também terá muito que se divertir e se identificar. Ou seja, nada que vai mudar o mundo. Mas pode divertir bastante.
Por
Rubens Ewald Filho