Doris Day: A Mais Querida das Estrelas de Hollywood

Faleceu hoje aos 97 anos, confira sua biografia!

13/05/2019 15:49 Por Rubens Ewald Filho
Doris Day: A Mais Querida das Estrelas de Hollywood

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Foi preciso que passasse o tempo para se fazer justiça à Doris Day, uma das melhores comediantes que Hollywood já teve e também uma cantora de uma personalidade e talento inigualável. Que faleceu agora (1922-2019) para sempre ser inesquecível. Antigamente as pessoas confundiam o tipo de filme, comédia musical ou romântica, com o ator, se esquecendo de que em geral é muito mais difícil fazer humor ou bancar a heroína. Na época estava querendo mudar sua imagem de namoradinha da América. Doris nasceu em Cincinatti, Ohio, em 1922, descendente de alemães católicos foi famosa crooner de orquestra e casada duas vezes, antes de ser descoberta para o cinema. Isso mesmo, faltavam três anos para ela completar o centenário. A festa foi como sempre: os fãs fieis organizaram uma celebração na casa onde ela vivia com cachorros (é a paixão dela!), relembrando os amigos (Rock Hudson era seu favorito) e as comédias que estrelou (Confidencias a Meia Noite, Ardida como Pimenta). Foi quando Doris ficou com fama de puritana, porque nos filmes estava sempre com sua virgindade ameaçada. Fizeram até aquela piada, “conheci Doris antes dela virar/ virgem!”. Teve até um problema sério, descobriu que o marido era vigarista e um agente tinha lhe roubado todo o dinheiro. Ficou sem nada! Isso a obrigou a trabalhar por cinco anos numa série de TV. Mas seu sonho mesmo era cuidar de animais e viver tranquilamente. E cada vez que a gente ouve (cantando) ou assiste Doris (uma cena engraçada) dá mais ainda vontade de revê-la. Ninguém cantava tão bem e doce quanto ela!.

 

Biografia

 

Sua estreia no cinema foi em Romance em Alto Mar, que Betty Hutton não pode aceitar porque ficou grávida. Foi um grande risco para a Warner lançar como estrela num musical Classe A, uma cantora ainda desconhecida. Mas deu certo, sob a direção de Michael Curtiz, o mesmo de Casablanca, com coreografia não creditada de Busby Berkeley, o filme é uma agradável diversão romântica, onde faz parte romântico com Jack Carson e interpreta a canção que se tornaria sua marca registrada, It´s Magic e que chegou a ser indicada ao Oscar.

O sucesso foi tão grande que o estúdio resolveu insistir na fórmula e em Meus Sonhos te Pertencem lá estava ela de novo ao lado de Carson e cantando outras canções com sua voz macia e um pouco rouca (usar a canção My Dream is Yours). Mademoiselle Fifi também de 49, é novamente com Carson mas ao menos se dá ao luxo de trazer atores famosos em participações especiais... Vamos ver se você é capaz de reconhecer alguns deles: Gary Cooper, Joan Crawford, Danny Kaye, o presidente Ronald Reagan e sua então mulher Jane Wyman e até na cena final o astro Errol Flynn.

Isso já demonstra o status de estrela que imediatamente Doris conseguiu. Provar que era boa atriz já era outra coisa e isso só aconteceria anos depois em 55, quando na Metro ela estrelou um filme biografia, Amam-me ou Esquece-me, a vida da cantora Ruth Etting e seu romance com um gângster feito por James Cagney. Uma fita que lhe deu várias canções memoráveis, mas que se cometeu um erro, Doris deveria ter tido uma indicação ao Oscar por seu competente trabalho.

Foi, porém, na época de Um Amor de Professora, que o marido de Doris, Marty Melcher teve a ideia de se unir ao produtor Ross Hunter e dar uma reforma no visual da mulher. Aos 35 anos, ela ganhou vestidos super chiques do figurinista Jean Louis e formou parceria com um galã da moda, três anos mais novo que ela, Rock Hudson. O resultado todo mundo se lembra, Confidências a Meia Noite, uma das comédias sofisticadas mais queridas do cinema.

Foi quando Doris ficou com fama de puritana, porque nas fitas ela estava sempre com sua virgindade ameaçada. Fizeram até aquela piada, “eu conheci Doris antes dela virar virgem”. Mas Doris e Rock ficaram amigos na vida real e foi ao lado dela que ele fez sua última aparição antes de morrer de Aids. Formavam uma dupla perfeita, ele brincalhão, conquistador, ela recatada, irônica. De vez em quando Doris até cantava um pouco, mas era só para dar mais condimento ao molho. A dupla fez três fitas juntos, Confidências, Volta meu Amor e Não me Mandem Flores. Mas deviam ter trabalhado mais juntos, aquele tipo de química é raro aparecer.... Mesmo sem Rock, Doris prosseguiu carreira, chegou a estrela um último musical, o super espetáculo Jumbo, mas já era fotografada com lentes especiais com filtro para disfarçar a idade... Teve até um problema sério, descobriu que o marido era vigarista e um agente tinha lhe roubado todo o dinheiro. Isso a obrigou a trabalhar por cinco anos numa série de TV. Mas seu sonho mesmo era cuidar de animais e viver tranquilamente em Carmel, onde até hoje residiu, aposentada e escondida.

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Sobre o Colunista:

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho

Rubens Ewald Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Santos (UniSantos), além de ser o mais conhecido e um dos mais respeitados críticos de cinema brasileiro. Trabalhou nos maiores veículos comunicação do país, entre eles Rede Globo, SBT, Rede Record, TV Cultura, revista Veja e Folha de São Paulo, além de HBO, Telecine e TNT, onde comenta as entregas do Oscar (que comenta desde a década de 1980). Seus guias impressos anuais são tidos como a melhor referência em língua portuguesa sobre a sétima arte. Rubens já assistiu a mais de 30 mil filmes entre longas e curta-metragens e é sempre requisitado para falar dos indicados na época da premiação do Oscar. Ele conta ser um dos maiores fãs da atriz Debbie Reynolds, tendo uma coleção particular dos filmes em que ela participou. Fez participações em filmes brasileiros como ator e escreveu diversos roteiros para minisséries, incluindo as duas adaptações de “Éramos Seis” de Maria José Dupré. Ainda criança, começou a escrever em um caderno os filmes que via. Ali, colocava, além do título, nomes dos atores, diretor, diretor de fotografia, roteirista e outras informações. Rubens considera seu trabalho mais importante o “Dicionário de Cineastas”, editado pela primeira vez em 1977 e agora revisado e atualizado, continuando a ser o único de seu gênero no Brasil.

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