Crítica sobre o filme "Paul McCartney – Paul Is Live":

Robson Candêo
Paul McCartney – Paul Is Live Por Robson Candêo
| Data: 17/09/2003
Paul McCartney nasceu em 1942 na Inglaterra. Em 1956 foi apresentado a John Lennon, e John o convidou para cantarem juntos. Esse é o início da mais famosa parceria musical da história.

Paul é considerado o mais romântico dos Beatles. As músicas Let it Be, Yesterday, por exemplo, são alguns de seus sucessos. Ele toca além do baixo, vários instrumentos, inclusive bateria.

Paul McCartney não perdeu tempo depois da separação de seus colegas. Já no início dos anos 70 montou a banda Wings junto com sua esposa Linda, iniciando uma longa carreira de sucessos inesquecíveis. Imediatamente, emplacou três músicas nas paradas de sucessos: Give Ireland Back to the Irish, Mary Had a Little Lamb e Hi Hi Hi.

A primeira turnê com a nova banda começou em 1973, ao mesmo tempo em que Paul era convidado para compor a canção do novo filme de James Bond, Com 007 Viva e Deixe Morrer, agora estrelado por Roger Moore. Com Live and Let Die, Paul voltou às paradas de sucesso, aproveitando o embalo para produzir seu novo disco, Band on The run, também lançado em 1973.

Depois de ganhar vários discos de ouro e platina, McCartney e sua banda não pararam mais, emplacando um sucesso após o outro. Fez uma tentativa de parceria com Michael Jackson nos anos 80, mas acabaram brigando quando Paul descobriu que Michael comprara todos os direitos de reprodução das músicas dos Beatles. No disco Tug of War, de 1982, fez um memorável dueto com Steve Wonder, na música anti-racismo Ebony and Ivory. Dois anos depois, tentou ir para o cinema com Give My Regards to Broad Street, mas não era sua praia. O filme não foi bem nas bilheterias, mas em compensação a música-tema No More Lonely Nights alcançou as paradas inglesas e americanas do ano.

Nos anos 90, além de seu primeiro disco acústico lançado em 1991, participou do lançamento da coletânea Anthology, dos Beatles, lançada em 1996. Mas sua vida pessoal seria abalada depois da descoberta do câncer de mama em sua esposa Linda. Após uma luta de três anos, Linda morreria em abril de 1998.

Em se tratando de sua carreira solo, no entanto, os anos 90 representaram a melhor fase de Sir McCartney, quando o cantor pôde fazer algumas de suas mais memoráveis apresentações ao vivo. Foi o caso do show Paul is Live, em que não só estão gravadas os grandes sucessos de sua carreira solo, como algumas das suas melhores canções com John Lennon nos Beatles.

Aqui no Brasil Paul já fez shows em duas ocasiões, em 1990 e 1993.

O show foi feito em um grande palco com enormes telões atrás.

O jogo de imagens é muito bom, com alguns ângulos em preto e branco e vários efeitos aplicados. Algumas músicas ainda trazem imagens dos vídeos originais mescladas.

Vale ressaltar que, apesar de serem imagens e som do show ao vivo, o vídeo foi montado dando a impressão de um longo videoclipe. Um resultado interessante.

A banda é ótima e vale lembrar que o show é da época em que Linda McCartney estava viva e tocava com ele. Paul toca muito bem e tem muito boa voz.

Suas música são ótimas, a maioria sucessos, e várias músicas são da época dos Beatles, como ‘Michelle’, ‘Penny Lane’, ‘Let it Be’, ‘Yesterday’, ‘Hey Jude’ entre outros.

O show começa muito bem com ‘Drive My Car’ e ‘Let Me Roll It’, dois grandes sucessos.

Um grande momento do espetáculo é a música ‘Live and Let Die’ com as tradicionais explosões e fogos de artifício.

O fim do show traz a trinca de músicas mais famosa do mundo: ‘Let it Be’, ‘Yesterday’ (com Paul sozinho no violão) e ‘Hey Jude’, com a participação super especial do público no refrão.