Crítica sobre o filme "Madagascar":

Edinho Pasquale
Madagascar Por Edinho Pasquale
| Data: 14/11/2005

Foi uma boa idéia contratar Heloisa Perissé (Cócegas) para não apenas dublar a hipopótamo Glória mas principalmente para fazer a adaptação nacional deste filme de animação. Ela realizou um bom trabalho, com sua reconhecida capacidade e talento. Pena que o filme não seja nada mais do que um passatempo banal, engraçadinho, mas imemorável. Ou vai ver, a nossa expectativa ficou alta demais com os trabalhos da Pixar.

Mesmo o trailer já deixava desconfiar que esta aventura é curiosa e nada mais. A começar pelo título meio despropositado (o nome desse país tem nada a ver com a história, poderia ser qualquer outro). O ponto de partida é um zoológico em Nova York, onde impera o rei leão popular e vaidoso Alex e que tem como amigos além de Glória, Marty a zebra e Melman, a girafa. Todos são simpáticos mas não especialmente divertidos e na verdade, a situação só melhora quando eles acidentalmente fogem do Zôo , vão parar num navio e acabam sendo náufragos numa praia que depois será o do lugar título. Não deixam de fazer todas as citações de filmes famosos (como “Náufrago†de Tom Hanks), “Beleza Americanaâ€, “A Missãoâ€, “Silêncio dos Inocentesâ€, “Planeta dos Macacosâ€, “Doutor Fantásticoâ€, “Carruagens de Fogoâ€, “A história de Elza†(o tema do filme “Born Free!â€), “Embalos de Sábado à Noiteâ€, “Zoolanderâ€, “Fantasiaâ€. Além de séries de teve como “Havaí 5-0â€, e especiais do National Geographic. Assim eles brigam, têm problemas com os residentes locais, mas outra vez a impressão que me ficou foi que, a cena e o detalhe mais marcante, é cuspir a bebida ruim (o que as crianças pequenas irão imitar para desespero dos pais diante do mau exemplo).

Ou seja, apenas uma animação convencional, mais indicada para crianças pequenas que adultos. (por Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos em 24 de junho de 2005)