Crítica sobre o filme "Miss Simpatia 2 - Armada e Poderosa":

Rubens Ewald Filho
Miss Simpatia 2 - Armada e Poderosa Por Rubens Ewald Filho
| Data: 22/09/2005
O primeiro estava longe de ser uma obra-prima, mas servia de passatempo. Este segundo confirma a velha teoria das continuações serem sempre inferiores e descartáveis. Ainda assim não é um filme desagradável, graças à presença sempre encantadora de Sandra Bullock (também produtora) e de uma atriz que finalmente esta sendo reconhecida, Regina King, que teve uma participação marcante como a amante de Ray Charles em Ray e aqui aparece como a guarda-costas machona da heroína. As duas são razão suficiente para sair de casa ou mais tarde alugar o DVD. Mas não espere qualquer originalidade ou grandes idéias. Dirigido por John Pasquin (Meu Papai é Noel) o filme tem aquelas convenções de comédia onde tentam nos fazer engolir sem reclamar, situações improváveis e absurdas.

Este Miss Simpatia 2, começa poucas semanas depois do primeiro quando a heroína, agente do FBI, que impediu um atentado a um concurso de Miss, ficou famosa e popular. Por isso não pode mais trabalhar em missões publicas e se torna relações publicas deles, sofrendo uma transformação radical e virando “a nova face do FBI”. Sempre acompanhada por “estilistas pessoais” (ou seja, mais uma desculpa para fazer piadas - e fracas - com o costureiro gay que a veste). No fundo, o que o filme faz é copiar a situação de Legalmente Loira, adaptando-a para o FBI. Ou seja, uma mulher aparentemente burra mas bem vestida, maquiada, pronto para desfilar (mas também capaz de trocar socos ou cometer um desastre e salvar as situações). Desta vez não há interesse amoroso (o namorado do filme anterior a larga por telefone) centrando-se numa missão (Sandra tem que resgatar a Miss Estados Unidos, sua amiga que foi seqüestrada junto com o organizador do concurso novamente feito por William Shatner). Então a maior parte do filme é a heroína criando confusões com colegas da agência e principalmente seu relacionamento quase afetivo com a relutante parceira Regina.

Enfim, dá para assistir e nada mais. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos)