Crítica sobre o filme "1492 - A Conquista do Paraíso":

Edinho Pasquale
1492 - A Conquista do Paraíso Por Edinho Pasquale
| Data: 07/02/2005
Lançado na mesma época que outro filme sobre Cristóvão Colombo, para comemorar os 500 anos da descoberta do “novo mundoâ€, a América, este é um filme menor de Ridley Scott (de Blade Runner, Gladiador). Tem sua imponência, grandiosidade, principalmente na sua produção figurinos, direção de arte. Mas o roteiro torna-se fraco do ponto de vista histórico, fica difícil acreditar em Colombo sem ao menos alguns toques mais pessoais sobre o personagem. Outra problema é colocar a sua mais importante viagem, a primeira, justamente a sua grande descoberta, como fato menor do filme, dando maior ênfase à tentativa de formação da Colônia de San Domingo, onde ele foi considerado um fraco, um decadente. Isto tudo talvez por que o filme rival na época, Cristóvão Colombo (do diretor John Glen, que se destacou por dirigir 5 filmes do 007 e com um elenco que inclui Marlon Brando – que pediu que retirassem seu nome dos créditos - e as hoje estrelas Catherine Zeta-Jones e Benício Del Toro), tenha feito o oposto, priorizou a conquista e não o fracasso, enaltecendo exatamente a primeira viagem, a grande descoberta. Mas é muito pior que este, ou seja, um marco histórico teve filmes de fracos a razoáveis. Como narrativa, sem se levar em conta o lado histórico, acaban até prendendo a atenção.

Neste aqui se tem a música do grego Vangelis Papathanassiou (de Carruagens de Fogo), que fizera também a ótima trilha de Blade Runner com Scott, porém sem grande brilhantismo. Tem ainda um elenco com alguns nomes de peso, porém pouco à vontade, como Gerard Depardieu (na minha opinião, um dos melhores atores franceses) se esforçando no Inglês, sem sucesso, e Sigourney Weaver (que havia feito Alien – O 8° Passageiro com Scott), apenas correta. O que marca mesmo é a fotografia e os figurinos. Pouco, não? Mas vale ser visto (ou até revisto), pois, por pior que seja um trabalho de Ridley Scott, sempre valerá a pena, nunca é será perda de tempo.