Lançado na mesma época que outro filme
sobre Cristóvão Colombo, para comemorar
os 500 anos da descoberta do “novo mundoâ€,
a América, este é um filme menor de
Ridley Scott (de
Blade Runner,
Gladiador).
Tem sua imponência, grandiosidade, principalmente
na sua produção figurinos, direção
de arte. Mas o roteiro torna-se fraco do ponto de
vista histórico, fica difÃcil acreditar
em Colombo sem ao menos alguns toques mais pessoais
sobre o personagem. Outra problema é colocar
a sua mais importante viagem, a primeira, justamente
a sua grande descoberta, como fato menor do filme,
dando maior ênfase à tentativa de formação
da Colônia de San Domingo, onde ele foi
considerado um fraco, um decadente. Isto tudo talvez
por que o filme rival na época,
Cristóvão
Colombo (do diretor John Glen, que se destacou
por dirigir 5 filmes do
007 e com
um elenco que inclui Marlon Brando – que pediu
que retirassem seu nome dos créditos - e as
hoje estrelas Catherine Zeta-Jones e BenÃcio
Del Toro), tenha feito o oposto, priorizou a conquista
e não o fracasso,
enaltecendo exatamente a primeira viagem, a grande
descoberta. Mas é muito
pior que este, ou seja, um marco histórico
teve filmes de fracos a razoáveis.
Como narrativa, sem se levar em conta o lado histórico,
acaban até prendendo a atenção.
Neste
aqui se tem a música do grego Vangelis Papathanassiou
(de Carruagens
de Fogo),
que fizera também a ótima trilha de Blade Runner com
Scott, porém
sem grande brilhantismo. Tem ainda um elenco com alguns nomes de peso, porém
pouco à vontade, como Gerard Depardieu (na minha opinião, um
dos melhores atores franceses) se esforçando no Inglês, sem sucesso,
e Sigourney Weaver (que havia feito Alien – O 8° Passageiro com
Scott), apenas correta. O que marca mesmo é a fotografia e os figurinos.
Pouco, não? Mas vale ser visto (ou até revisto), pois, por pior
que seja um trabalho de Ridley Scott, sempre valerá a pena, nunca é será
perda de tempo.