Crítica sobre o filme "Abaixo o Amor":

Edinho Pasquale
Abaixo o Amor Por Edinho Pasquale
| Data: 13/07/2004

Um filme feito claramente para homenagear as deliciosas comédias dos anos 60, ambientado na época. Não sei se lembram dos filmes de Doris Day, mas é bem típico do gênero. Talvez por ser um pouco saudosista, me lembro que ela era minha “paixão de cinema”, quando ainda era um pré adolescente. Era o tipo de filme que passava na “sessão da tarde”, comédias leves, sem maiores pretensões.

Neste caso, de Abaixo o Amor, a idéia é esta, mostra o lado “over” e “psicodélico” da época, quando o tema principal era conquistar a mocinha “indefesa” com os apartamentos cheios de “invenções” de época, tecnologias até engraçadas para os dias de hoje, que impressionavam as garotas (americanas, as daqui ficavam suspirando). Os adolescentes poderão até conhecer o que é um disco de vinil, o famoso LP...

Tudo é meio exagerado, como figurinos, atuações dos atores (a sempre ótima Renée Zellweger, de Diário de Bridget Jones e Chicago e Ewan McGregor, de Moulin Rouge). Aliás, cabe aqui uma curiosidade: como os dois acabaram cantando nos seus filmes de sucesso, fizeram um musical que acabou sendo exibido nos letreiros finais.

A historinha, que poderia ser bobinha, até que surpreende, com algumas reviravoltas, típicas da “guerra dos sexos” dos anos 60, que, no fundo, persiste até hoje.

Resumindo, sem mais delongas: um filme simpático, que não ofende, ou seja, uma produção bem legal que dá pra assistir numa boa. Se você viu (ou é desta época), vai se deliciar com as referências. Se você é da turma dos mais novos, vale conhecer por tabela um tipo de filme que marcou por um tempo a história do cinema americano, singelos mas cheios de duplos sentidos e conhecer algumas “tecnologias” que seus pais devem ter contado que existiram um dia... Não é uma obra-prima, mas diverte.