| Data: 02/04/2006

Este filme foi exibido exatamente na época do “boom� dos “reality shows�, ou seja, as TVs lucrando ao filmar, seja de que forma for, o dia-a-dia de alguém, de uma comunidade ou seja lá o que for, por 30(!) anos (hoje vemos cada coisa... até o “Big Brother Brasil já esteve na sua 6ª edição... com a mesmice de sempre). Este aqui foi radical: pegou alguém que não conhecia nada do mundo e fez um reality show de sua vida, desde os primeiros passos, mas tudo absolutamente falso, desde a família, passando pela comunidade etc. completando os tais 30 anos. Uma boa interpretação de Jim Carey, sem muitas “caretas� que o consagraram por comédias medianas. Aqui ele está sereno e com uma ótima atuação, até injustiçada pel falta de sua indicação ao prêmio mais badalado, o Oscar® Já Ed Harris, num papel que era para ser de Dennis Hopper, acabou brilhando como o “chefão da manipulação�, acabou recebendo uma indicação ao Oscar® de Ator Coadjuvante, junto com mais duas indicações, a de Diretor e de Roteiro Original. Não levou nenhum, mas o filme foi consagrado em diversas outras premiações. Outra curiosidade é que o filme foi rodado em widescreen na proporção 1.66:1, para se aproximar ao máximo do formato televisivo, objeto do filme.

Mas tirados os prós e os contras, trata-se de um belo filme, com boas interpretações, Direção segura, um filme que nos prende até o final, mesmo que de certa fora previsível. É encantador, um belo filme. Afinal, um sucesso de público, que custou 60 milhões de dólares e rendeu, no mundo todo, 250 milhões. Nada mal, mesmo se considerarmos que aqui não estão computados os números de vendas em DVD, de suas várias versões.