| Data: 25/04/2006

Aproveitando a “era retrô� dos anos 80 (ué, como assim?), esta série fez muito sucesso no mundo inteiro. Explico: sempre foi reprisada, até a exaustão, na TV aberta nos anos 70 e, principalmente nos anos 80. A simpática “gênia� que aprontava mil e uma trapalhadas com o seu amo, o Major Anthony Nelson (dublado quando das temporadas mais conhecidas, pelo ator Flávio Galvão) conquistou gerações. Bárbara Eden foi a escolhida, embora os testes iniciais procuravam uma morena. Mas ela se destacou e foi a protagonista de todas as temporadas, assim como Larry Hagman (que depois se tornou ainda mais conhecido pelo seriado “Dallas�), numa química perfeita. O criador da série foi Sidney Sheldon, que depois veio a escrever alguns best sellers.

Esta primeira temporada foi lançada, originalmente, em preto e branco em 1965, com uma bela longevidade, até 1970, em um total de 139 capítulos e pelo menos um par de filmes realizados posteriormente para a TV. Esta primeira temporada foi colorizada agora para atingir a um público maior, que talvez tenha um certo preconceito, achando que filmes sem cor são “antigos e sem graça�. Viva a supremacia de Hollywood.... Mas que soa falso, principalmente na cor da pele das pessoas, isso lá é verdade. Tanto é que nos EUA há a opção de se adquirir o Box na versão original, em preto e branco.

Numa época em que a “corrida espacial� dominava o cenário mundial, numa guerra fria entre EUA e a então URSS, o tema do seriado era bastante popular. E quem sabe haja mais um “revival� por, exatamente no lançamento em DVD por aqui, um astronauta brasileiro esteve no espaço? Sei lá, este Mundo é mesmo estranho!

Sempre foi uma das séries mais “cults� da TV, apresenta mesta raramente vista primeira temporada, algumas curiosidades para quem conhece as demais temporadas: Anthony Nelson era da Aeronáutica, mais ainda “Capitão�. Foi promovido a “Major� durante este primeiro ano da série, assim como o atrapalhado Healey, que era até então do Exército. Mas a dupla, graças as trapalhadas de Jeannie, já deixava o Dr. Bellows, um psiquiatra, cada dia mais maluco. A música, parte que foi consagrada nos anos posteriores, ainda não era a dos compositores Hugo Montenegro e Buddy Kaye. Esta temporada se tornou “obscura“ e até rara por não ter tido um registro oficial nos sindicatos americanos, portanto, pouco vista depois da sua exibição original. Agora há este resgate, com episódios realmente hilários e interessantes. E os sempre intrigantes, para as crianças da éopca, efeitos especiais (lembre-se que não havia, oviamente, a computação gráfica).

Um prato cheio para quem conhecer uma das melhores séries de TV dos anos 60, que de certa forma era rival e amiga de outra série da mesma época: “A Feiticeira� (até alguns cenários foram aproveitados de uma série pra outra). E que venha também a versão para as telas de cinema, mas espero que Jeannie que seja melhor do que a “rival� Samantha.