| Data: 07/07/2006

Você quer conhecer um filme sensível, que traz questões de vida, sem demagogia, advindas do pretexto de mostrar uma espécie de biografia? Se sim, você gostará deste filme. Não é apenas uma aventura de um certo maluco que numa determinada época resolveu transpor barreiras. Não se trata também de um filme de ação. Mas é, de verdade, uma lição de vida ao expor as memórias de um certo cidadão da então longínqua Nova Zelândia e sua Aventura e sonhos de bater um recorde nos EUA.

Por trás dessa premissa estão questões relevantes, a cada minuto do filme. Anthony Hopkins dá uma veracidade incrível à fantasia e a realidade de um personagem que quer apenas viver. Mesmo que as barreiras sejam altas (a mais enfática é a da idade). Mas o roteiro perfeito e uma Direção brilhante nos levam a um questionamento do que podemos, como seres humanos, atingirmos. E de forma humilde, passo a passo, num ritmo envolvente do personagem principal, desde mostrar um sonho até a modernidade de ser feliz, independentemente da idade. Todas as questões são tratadas, como a sexualidade, os desejos, a perseverança, o resumo da vida. Há sonhos que são impossíveis? A Humanidade está perdida e insensível? A idade importa? Sem pieguices ou dramas mais profundos, há uma trajetória de vida. Que poderia ser a de cada um de nós, em busca de uma meta.

Um filme que deve ser apreciado em cada momento, cada nuance. É para ser visto e revisto, não importa o seu final.