Crítica sobre o filme "Sorte no Amor":

Rubens Ewald Filho
Sorte no Amor Por Rubens Ewald Filho
| Data: 27/10/2006

Lindsay Lohan foi a mais adorável das estrelinhas adolescentes reveladas por Walt Disney na ultima década, mostrando talento como cantora e atriz em Meninas Malvadas, Sexta Feira Muito Louca e até na última aventura do Fusca falante Herbie - Meu Fusca Turbinado. Mas ficou moça, chegou aos 20 anos e resolveu assumir sua condição de mulher adulta. Para começar emagreceu muito (temeu-se até pela anorexia), depois se sofisticou e procurou papéis mais sérios inclusive com Robert Altman (“A Prairie Home Companionâ€).

De qualquer forma, esta comédia romântica ainda adequada para menores de idade, deveria ser seu rito de passagem. Com um único problema: foi fracasso de bilheteria nos EUA (teria custado 45 milhões de dólares e não rendeu mais de 14 milhões).Mas na verdade, até que é simpática e inofensiva.

Totalmente bobinha, mas agradável de ver com sua mistura de comédia, alguma música (Lindsay não canta mas o namorado produz um bando de garotos) e bastante pastelão. A idéia é um pouco parecida com o do brasileiro Se eu Fosse Você. No caso, uma garota de muita sorte, que trabalha numa firma de relações públicas e tem que promover uma festa para uma bem sucedida gravadora. Acontece que lá por acaso beija um desconhecido, que é Chris Pine (de Diário da Princesa 2) e trocam de sorte. Ele que era um desastrado sem sorte é bafejado pelas coisas boas enquanto Lindsay perde o emprego e acaba na cadeia. E assim por diante, num troca-troca bem romântico ajudado pelo ambiente de Nova York.

O filme bastante curto é em cima dessa confusão, confundido sorte com incompetência, mas sempre de maneira visual com jeito de pastelão. Um detalhe: Lindsay adulta continua engraçadinha mas sem o mesmo fogo e brilho. Resta ainda a provar que fará a transição para estrela madura. (Rubens Ewald Filhos na coluna Clássicos de 20 de junho de 2006)