Crítica sobre o filme "Seus Problemas Acabaram":

Edinho Pasquale
Seus Problemas Acabaram Por Edinho Pasquale
| Data: 17/02/2007
Este segundo filme da “Turma do Casseta†só nos faz sentir saudades da época e que eles publicavam, em bancas alternativas, o “planeta Diárioâ€, ou nseja, quando ainda eram irreverentes, driblando autoridades, criticando de forma mais séria. O primeiro filme, mais ficcional, quando da Copa do mundo de 70, ainda mantinha este espírito, mas não agradou em cheio o grande público, talvez por não conhecer este trabalho impresso anterior a pasteurização global que aconteceu nestes anos. Eles começaram na Tv com algumas incursões no Fantástico, passaram a ter um programa e obtiveram então um certo público. Neste filme, há o reencontro com estas pessoas que se acostumaram com um humor mais barato, mais escatológico, sexual, de duplo sentido. Mas o filme tem, na verdade, poucas piadas que funcionam de verdade. As que são mais interessantes estão nas entrelinhas, que o grupo ainda tenta manter. E nos últimos 20 minutos do filme. Não se desanime com o início e com as piadas exageradas, principalmente as escatológicas. Mas tenha uma certeza: os “convidados especiais†decepcionam. O tal do Murilo Benício é uma caricatura de si mesmo, ainda mais quando, na realização desta resenha, ele está em cartaz em mais uma novela Global, “Pé na Jacaâ€. Ele mostra ter um talento: o de ser o mesmo, sem margens. Ou seja: ele é aquele sujeito que acaba estragando qualquer obra, por ser apático e com o vício de ser o mesmo, apenas se dividindo em duas situações: “dramática†e “cômicaâ€. Ou é um ou outro, não sabe variar. Como ele foi escolhido como um dos personagens centrais, o filme perde o fôlego. Dos “Cassetasâ€, o destaque vai para Maria Paula, cada vez mais versátil e pela última aparição de Bussunda, este sim deixa saudades. Ele rouba todas as cenas. Resultado final: um filme que pode ser visto com certeza pelos fãs do programa de Tv. Para os demais, que conheceram o grupo antes ou que esperam um pouco mais de inteligência, há dúvidas. Na média, é, por óbvio, mediano.