Por Rubens Ewald Filho
| Data: 13/03/2007
Fez inesperado sucesso nos EUA esta fita independente que veio antes e para mim é melhor do que O Grande Truque, que curiosamente aborda mais ou menos o mesmo assunto e a mesma época. Aqui tudo é mais modesto, talvez por isso mais eficiente. Dirigido por um certo Neil Burger (que fez Entrevista com um Assassino) que também escreveu o roteiro baseado em conto de Steven Millhauser (Eisenhaim the Illusionist). É notável por ter conseguido reunir um elenco de primeira linha, começando com Edward Norton (que deixou de fazer fitas grandes de estúdio preferindo investir em projetos mais pessoais) e prosseguindo com Paul Giamatti, Jéssica Biel e Rufus Sewell. É este ultimo que faz o vilão, aparentemente fictÃcio, O prÃncipe Leopoldo, que tem ambições de poder e ate golpes de estado. No caso, há um mágico ou ilusionista no estilo de Houdini , Eisenhaim, que pode ou não ter poderes supernaturais, que vai se apresentar num teatro de Viena (o filme foi rodado na Republica Checa) na virada do século XX. Só que ele reencontra um amor de infância, que agora é a noiva do PrÃncipe provocando ciúmes e problemas. Giamatti faz o chefe de policia encarregado de vigiar Norton (que como ator procura fazer o mÃnimo possÃvel, esta quase ausente mas em compensação fez realmente os truques de mágica).
Embora a historia seja inventada alguns detalhes são reais, inspirado no PrÃncipe Rudolf, filho do Imperador Francisco José (Rudolf é aquele envolvido no duplo suicÃdio em Mayerling). Felizmente o filme sabe concluir, fazendo sentido e aumentando-lhe o interesse. Talvez seja por isso que o publico se envolve e gosta desta mistura de melodrama, mágica e assassinato. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos de 15 d dezembro de 2006)