Depois de acabar o seriado Friends, Jennifer Aniston fez uma série de filmes meio às pressas, inclusive esta comédia-dramática independente que abriu o Festival de Sundance, de diretora-roteirista que havia realizado dois filmes independentes admirados sobre mulheres (Lovely And Amazing; Walking and Talking) e vários episódios de teve inclusive de Sex and the City. Ela conseguiu reunir no elenco mais três ótimas atrizes características e o resultado é um filme mediano, que começa mal, custa a engrenar, até porque os personagens não são simpáticos ou envolventes. Mesmo Jennifer faz uma moça pobre, ex-professora que agora vive de limpar casas embora seja amiga de três mulheres (que são mais velhas) todas elas casadas com homens ricos. (Jennifer aparece mal fotografadas, desglamurizada e não especialmente convincente). Tem Frances McDormand que é desenhista de roupas tremendamente caras e vive com um marido dedicado que todo mundo acha que é gay (embora interessado em temas geralmente ligado a homossexuais, ele não gosta nem transa com homens e o ponto alto do filme é quando faz amizade com outro na mesma situação). Mas ela sente o peso da idade e se recusa a lavar a cabeça! Catherine escreve roteiros com o marido numa casa luxuosa mas aos poucos vai descobrindo que o casamento esta em crise até a separação. Mas ao menos resta Joan Cusack (que emagreceu demais e ficou pavorosa) que é feliz no casamento (ou seja, um papel ruim para a ótima comediante já que ser feliz não rende boas cenas).

O filme é basicamente sobre essas quatro mulheres enquanto Jennifer é obsessiva em relação a um ex-namorado casado que não quer saber dela, desonesta (rouba nas casas que limpa) e infeliz (principalmente quando namora um personal trainer chauvinista). Somente o personagem dela tem uma resolução e curiosamente os homens são mostrados até positivamente (enquanto não se escondem os defeitos femininos).

Já que nenhuma das atrizes tem uma grande interpretação, o filme se limita ao publico feminino e não deve ter uma carreira mais notável. (Rubens Ewald Filoho na coluna Clásicos de 28 de novembro de 2006)