Crítica sobre o filme "Candidato Aloprado":

Edinho Pasquale
Candidato Aloprado Por Edinho Pasquale
| Data: 22/06/2007
Quando fui assistir a fita com este nome tupiniquim já virei a cara. Quem foi o imbecil que deu este nome pastelão de “Candidato Aloprado� Mas algumas surpresas surgiram no decorrer do filme. É até meio óbvio que Robin Williams é um Stand Up Comedy, ou seja, tem o tempo certo para fazer piadas, com sua inteligência, sagacidade e conhecimento, sobretudo sobre os políticos americanos. Talvez seja esta a maior dificuldade para o público brasileiro. Apesar de algumas piadas soltas na fita, universais (há até uma em que alguns patriotas – brazucas – poderão se ofender ao comentar que ele queria que o Papa fosse brasileiro, pois assim as freiras usariam biquínis fio-dental), nos fazem dar muitas risadas, há algumas falhas de roteiro.

Como acreditar num romance onde um Presidente eleito nos Estados Unidos é abordado sem qualquer segurança por uma garota que se faz passar por agente do FBI? A narrativa também deixa algumas pontas graves, como na rapidez em que se conta a história. Mas há um fato indiscutível: Robin Williams é perfeito para o papel, talvez até como um personagem lhe dá o Direito de sonhar com a realidade.

O Diretor Barry Levinson fez outras fitas bem políticas e apenas voltadas para os gringos, como Mera Coincidência (Wag the Dog), um pouco mais ácido do que este. Um resumo final: se você conhece como o sistema político americano elege um Presidente, melhor será o entendimento do filme. Se você não sabe nem como é o sistema de votação por aqui, pode achar graça de algumas piadas. Se quiser apenas ver um filme que acaba sendo interessante, assista. Se a tua praia for outra, a de nem querer saber o que acontece com políticos de qualquer espécie e quer assistir a um filme com um certo suspense e romance, fuja deste aqui. Em tempo: o nome original do filme “Man of the Year†(O Homem do Ano) é uma referência à revista TIME, que elege todos os anos uma personalidade como a mais importante do ano. Mais americano e talvez contestado que isso, impossível. Piegas, porém é uma realidade.