Crítica sobre o filme "Norbit - Uma Comédia de Peso":

Rubens Ewald Filho
Norbit - Uma Comédia de Peso Por Rubens Ewald Filho
| Data: 03/08/2007
p align="justify" class="link2" style=´text-indent:45.0pt´>Há uma teoria em Hollywood de que Eddie Murphy perdeu o Oscar de coadjuvante: 1) porque é arrogante, pretensioso, antipático, o que foi demonstrado na sua falta de espírito esportivo quando deixou a festa do Oscar as pressas quando perdeu o premio; 2) porque este filme estreou justamente quando estava sendo feita a votação e as pessoas ficaram horrorizadas com a mediocridade do resultado. O show que ele havia dado com os dois Professores Aloprados foi conspurcado com esta comédia grosseira, burra e sem graça. E também muito pobre, já que foi totalmente rodada no back lot , no quintal da Universal utilizando os sets que todo mundo conhece (inclusive a pracinha de De Volta para o Futuro).

Realizado pelo já veterano Robbins (Nota Máxima, Soltando os Cachorros, Harball), o filme traz Eddie desta vez em apenas dois personagens: um herói nerd e burrinho chamado justamente Norbit, deixado bebe num orfanato onde foi criado por um chinês e que ao perder a namoradinha que amava, acaba aceitando casar com uma garota grande e gorda que futuramente irá ficar ainda maior (é Eddie quem faz a megera Rasputia no maior estilo Vovózona..., ou seja, uma coisa já feita antes e muitas vezes). É preciso prestar muita atenção para ver que Eddie faz também outro personagem, o Mr . Wong, que cuida do orfanato e de forma tão eficaz que a gente nem percebe direito isso!

De qualquer forma, o filme é extremamente sem graça, repetindo gags de fitas anteriores, com Rasputia abusando do herói (com a ajuda dos irmãos grandalhões que mandam na cidadezinha e querem transformar o orfanato em cassino e bordel). Thandie Newton (Crash) faz a mocinha ingênua que esta noiva de um vigarista (Cuba). Mas tudo é tão mal construído, repetitivo, que acaba se tornando um suplicio acompanhar a fita até o fim. Apesar do inegável esforço de Murphy e do excelente trabalho da maquiagem de Rick Baker. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos de 17 de março de 2007)