Crítica sobre o filme "Elvis É Assim - Ed. Esp. Dupla":

Edinho Pasquale
Elvis É Assim - Ed. Esp. Dupla Por Edinho Pasquale
| Data: 17/08/2007
Um bom documentário realizado em 1970, seu penúltimo trabalho nos cinemas (e talvez o melhor deles). Mostra o “rei†fazendo o que mais gosta: cantar. Esta turnê onde o documentário foi rodado era a terceira de Las Vegas e mostra um artista solto no palco e extremamente doce nos bastidores. Esta versão, aqui colocada no primeiro disco, é a de 2001, com 13 minutos a menos do que a versão original exibida nos cinemas em 1970, onde basicamente as cenas com os depoimentos dos fãs foram retiradas (esta versão também está disponível como um oportuno bônus).

Elvis Estava no seu apogeu, mesmo que já não era “apenas†o “Rei do Rockâ€, começou a cantar músicas mais românticas e aumentou em muito o seu reinado. O documentário tem um bom roteiro, mostrando o início do processo da turnê, com os ensaios nos estúdios da MGM, onde são ensaiadas as músicas mais recentes para um melhor entrosamento com a banda (uma curiosidade: uma das cantoras que fazem o backing vocal é a mãe de Whitney Houston), passa rapidamente para o ensaio de palco e tem, depois de pouco mais de meia-hora de material de bastidores, com um Elvis bem-humorado, brincalhão e ao mesmo tempo sério com os arranjos e aspectos musicais, o início do show em si.

Partindo da entrada do público, Elvis brinca com as mensagens de apoio e a tensão (claro que tudo isso é puro marketing, mas...), mostra a presença dos convidados ilustres (Cary Grant, Sammy Davis Jr., por exemplo) e então... o grande show! Como o próprio filme indica, esta é uma compilação do melhor de seis apresentações. Há canções inesquecíveis, como “Love Me Tenderâ€, “Blue Suede Shoesâ€,“Suspicius Mindâ€, as covers de “Get Back" e "Bridge Over Troubled Water†e até músicas menos conhecidas, como "Tiger Man," "Patch it Up," e "Just Pretend", boas surpresas, terminando com “I Can´t Help Falling in Love With Youâ€. E assim se completa o êxtase para os fãs: um Elvis solto, irrepreensível, no que ele sabia fazer de melhor: ser ele mesmo no palco, brincando e sendo adorado pelo público. Talvez seja este o motivo pelo qual eu considero este o melhor filme dele.