Crítica sobre o filme "Edu Lobo: Vento Bravo":

Robson Candêo
Edu Lobo: Vento Bravo Por Robson Candêo
| Data: 27/08/2007
Edu Lobo, carioca, filho de pernambucanos, baseou a sua música na mistura do ritmo nordestino com a Bossa Nova, e virou referência musical na MPB, como é comprovado no documentário aqui apresentado. O filme traz inúmeros depoimentos, entre eles de Dori Caymmi, Marcos Valle, Chico Buarque e Maria Bethânia, que falam de toda a influência que o compositor exerceu sobre eles e sobre muitos outros.

No filme, que tem 71 minutos, Edu fala sobre sua infância, suas influências musicais, suas parcerias com famosos como Vinicius de Moraes, o porque mesclou a bossa nova com a música pernambucana, o quanto gosta de compor para teatro e cinema, e muito mais. É deixado claro que Edu não quis a fama que estava trilhada para ele, em troca de se dedicar à carreira de compositor, um ato nobre e corajoso. Mesclados aos depoimentos de Edu, há depoimentos de muitos famosos, cenas de arquivo de Edu Lobo cantando trechos de suas canções em momentos diferentes e outras cenas de arquivo diversas. Também há trechos de algumas canções de Edu, retiradas de seus discos, ou executadas por ele para o documentário. No resumo o filme mostra quem é Edu Lobo, de onde veio e o quanto ele é importante para a nossa música.

Além do documentário também há um show gravado em 2006 na extinta casa de shows Mistura Fina, onde Edu canta e toca violão e é acompanhado de piano, contrabaixo e bateria. O show tem 43 minutos e nele Edu canta algumas de suas músicas, e várias composições em parceria, quase todas com Chico Buarque, destacando "Beatriz", "Forrobodó" e "Ciranda da Bailarina". Também destaque para "No Cordão da Saideira" e "Pra Dizer Adeus", esta última parceria com Torquato Neto, pouco antes de sua morte.