Quem ainda tem medo de vampiros e lobisomens? Ninguém, e foi por isso que, a partir de Blade, O Caçador de Vampiros (1998), essas criaturas passaram a surgir em filmes onde a tônica era a ação, e não o terror. Em 2003 o diretor Len Wiseman (Duro de Matar 4.0) lançou a primeira parte de sua trilogia Underworld (Underworld: Anjos da Noite), onde a sua bela esposa Kate Beckinsale estrelava como a vampira Selene que, vestindo uma roupa justa de couro preto e no melhor estilo da Trinity de Matrix, distribuía tiros e golpes de artes marciais em seus inimigos. Além da beleza de Kate, o filme trazia uma trama interessante (baseada num RPG), mostrando uma milenar guerra entre vampiros e lobisomens que, ainda nos dias de hoje, era travada sem o conhecimento dos seres humanos normais. Contando com cenas de ação estilosas e bem coreografadas, efeitos visuais competentes e na medida certa (com um bem equilibrado uso de maquiagens e CGI), o filme revelou ser uma eficiente aventura, que teve receptividade suficiente para garantir uma continuação. Este Anjos da Noite: A Evolução inicia como uma prequel, para logo em seguida retomar a história a partir do final do filme anterior. O fato de o filme utilizar praticamente a mesma equipe do original ajuda a criar um senso de continuidade que muitas vezes falta em outras franquias como a já citada Blade. Sem necessitar maiores introduções de mitologia e personagens, o novo Underworld possui um ritmo bem mais rápido (às vezes frenético até) do que o antecessor o que às vezes é ruim, já que o filme parece se tornar um incessante confronto com monstros feitos em computador. Claro que não estamos nem perto da overdose que vimos no lamentável Van Helsing, mas sem dúvida isso acaba prejudicando a conexão entre os personagens e o público, que se desinteressa pelo destino de Selene e Michael. Mas apesar disso Underworld: Evolution possui méritos como o elenco competente, onde se destaca Sir Derek Jacoby, que revela ser o imortal que deu origem tanto a vampiros como lobisomens.