Por Eron Duarte Fagundes
| Data: 15/02/2008
Raoul Walsh foi um dos diretores mais caracterÃsticos dos gloriosos anos clássicos de Hollywood. Tendo trabalhado como ator em O nascimento de uma nação (1915), de D.W. Griffith, Walsh foi um artesão prolÃfico e que soube contar sem fissuras histórias em vários gêneros tÃpicos da meca do cinema: policiais, melodramas, narrativas bÃblicas, aventuras, faroestes.
Bando de renegados (The restless breed; 1952) é um de seus faroestes e que sobrevive galhardamente ao tempo tal como Walsh o deve ter concebido: uma boa história sobre um mito do Oeste, o pistoleiro Wes Hardin, injustamente condenado por matar um homem quando na verdade o que fez foi apenas se defender. Nada que nos faça perder o sono extasiados com as possibilidades maiores do cinema. Mas um filme onde nos sentimos bem acompanhando os lugares-comuns das emoções cinematográficas: é um faroeste, mas tem excertos de aventuras, melodramas, policial e até uma certa ingerência dos espetáculos bÃblicos. O jeito-clichê dos beijos entre um homem e uma mulher, a cabeça da mulher numa posição mais baixa e inclinada para trás, jeito este popularizado por ... E o vento levou (1939), de Victor Fleming e George Cukor, é umas das curiosidades históricas a observar no filme. Walsh sabe cativar seu público e o melhor que se pode dizer dele é que em 2008 ainda nos interessamos por Bando de renegados, embora sem exageros.
Rock Hudson é o galã e, jovem e audaz e sedutor, está bem em seu papel. (Eron Fagundes)