Falou-se muito neste filme independente que fez sucessoem Sundance e teve uma bilheteria decente nos EUA.Como em
A Bruxa de Blair, o fato de ter sido rodadoem Digital, lhe dá um toque de
RealityShow,que neste caso até ajuda, dá mais veracidadee aumenta a tensão. Também porque contaum fato real, rodado com um casal de atores amadores,em locações (foi no mar aberto mesmoe não num tanque). Ou seja, quando eles, osatores, são atacados por tubarões,os bichos são de verdade. Para valer. Claroque tem também defeitos: os diálogossão pueris, há poucos conflitos já queos personagens são banais, apenas sãonamorados, não fica bem claro, que estãopassando férias num lugar das Bahamas (tambémnão entendemos bem onde). O drama porém é forte.Os namorados (que tem por volta de trinta anos) saemcerto dia para mergulhar em mar aberto junto comuma excursão. Mas por culpa de um empregadoque contou errado, o barco vai embora, esquecendodeles.
Eos dois ficam no mar, sendo levados pela correntezae como isca para tubarão. Se fosse Hollywood,teriam pensando em algum conflito mais acentuado,para aumentar o suspense, talvez criar algumas situaçõesparalelas. O fato é que por causa do Digital(com seus defeitos: imagem granulada, ocasional forade foco), fica emocionante e até leva-se unssustos. E o mais estranho de tudo, é o queo filme não tem um final convencional. Essadeve ser a diferença entre ser independenteou de Hollywood. Quem dirigiu foi um tal Chris Kentis,que tinha feito antes Correndo contra a Vida (Grind- 97) com Billy Crudup e Amanda Peet e agora partiupara algo mais radical. Que vale conferir.(Rubens Ewald Filho na coluna Cinemania em26/10/2004)