Depois do sucesso de Nárnia, já estão abusando das adaptações de livros juvenis, mais ou menos famosos (aqui de Dick King-Smith), com ajuda de efeitos especiais. De tal forma, que acabam se perdendo, quando o original não tem maiores méritos. É o caso desta simpática, mas descartável, aventura de fantasia, que mexe com um dos mais famosos monstros, o lendário Nessie, do Loch Ness.
O diretor Jay Russell fez antes o infantil Meu Cachorro Skip, e o nada memorável Brigada 49, mas faz um trabalho competente aqui, onde conta a história passada durante a Segunda Guerra Mundial, quando o garoto perde o pai e vive com a mãe (Emile Watson, sem grandes chances) e os irmãos, como caseiros de um castelo na Escócia. Os soldados vem se instalar ali, num plano de defesa contra submarinos alemães, justamente no momento em que o herói, Angus (Alex Etel), encontra um ovo, que será seu pequeno dinossauro de estimação. O bicho vai crescendo muito rapidamente, e causando confusão. É importante notar que toda a história é contada por um velho escocês (Brian Cox), para um casal de turistas, e não fica muito difícil descobrir sua identidade.
Não há maiores pretensões: o monstrinho é muito bem criado por CGI, o menino é bom ator, e as seqüências em que ele vai nadar, montado no que ele chama de Cavalo Dágua, são bem divertidas. Não chega a atrapalhar uma subtrama romântica, entre um recém chegado (Ben Chaplin) e a mãe. Tem correrias, trapalhadas, depois uma dose de ação.
Sem dúvida, uma diversão adequada. Um detalhe: ao ver o filme, achei esquisito e fui conferir. O filme erra feio: o Lago Ness não é aberto para o mar, como aparece no filme; não é de água salgada, mas doce.