Crítica sobre o filme "Piratas do Caribe: O Baú da Morte":

Jorge Saldanha
Piratas do Caribe: O Baú da Morte Por Jorge Saldanha
| Data: 23/08/2008
O enorme sucesso de Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra levou a Disney a providenciar não uma, mas duas continuações filmadas simultaneamente, mais uma vez sob a direção de Gore Verbinski. Após dois anos de uma produção complicada, chegou aos cinemas este Piratas do Caribe: O Baú da Morte, que mesmo sofrendo de um defeito que o original já tinha – excesso de duração – e sendo sustentado por um roteiro feito a toque de caixa, obteve um sucesso ainda maior de bilheteria. Apesar de grande parte da crítica ter reduzido o filme a pó, não é difícil de ver porque o filme agradou tanto ao público: mesmo com uma trama que, no fundo, é a mesma do original e que exagera em subtramas e seqüências dispensáveis, O Baú da Morte é muito divertido de se assistir.

A história, que agora investe mais na fantasia, custa um pouco para engrenar, mas depois que isso acontece surgem na tela homens-lula (não, nosso presidente não faz uma ponta), canibais, uma feiticeira vodu, perseguições na selva, lutas de espada, cenários paradisíacos reais, um polvo gigante e uma atração romântica entre Elizabeth e Sparrow. Antes de chegarmos ao final, que tem um gancho inesperado, o filme nos deslumbra com efeitos visuais da Industrial Light and Magic de cair o queixo. O realismo fotográfico de Jones, sua tripulação e o Kraken é simplesmente fantástico. Pelo que vemos na tela, o orçamento oficial de U$ 80 milhões (que não inclui a terceira parte, Piratas do Caribe: No Fim do Mundo) saiu muito barato.

No elenco mais uma vez se destaca Depp, novamente roubando a cena com seu afetado Capitão Jack Sparrow - mas Nighy, apesar de todo o CGI aplicado em seu rosto, também tem uma grande atuação. A personagem de Knightley desta vez participa mais da ação, e Bloom se desincumbe bem da função de galã corajoso que luta para libertar o pai da maldição de Davy Jones. Piratas do Caribe: O Baú da Morte sofre por ser o filme do meio da trilogia, terminando (?), como já dito, com um cliffhanger para No Fim do Mundo. Mas sem dúvida merece ser (re) visto neste Blu-ray que realça as lindas paisagens, os efeitos visuais impressionantes e algumas seqüências de tirar o fôlego. Portanto, esqueça os críticos ranzinzas, prepare a pipoca, o refrigerante, apague as luzes e calibre seu home theater para assistir a um filme que é diversão pura.