Crítica sobre o filme "Exterminador do Futuro, O":

Jorge Saldanha
Exterminador do Futuro, O Por Jorge Saldanha
| Data: 16/02/2013

A esta altura muito pouco resta para se falar de O EXTERMINADOR DO FUTURO (THE TERMINATOR, 1984), um filme de baixo orçamento que, além de ter feito grandes bilheterias, revelou-se como uma das melhores ficções-científicas dos anos 1980. Além de consagrar em definitivo as carreiras de Arnold Schwarzenegger (que parece ter nascido para o papel de robô assassino) e do diretor/roteirista James Cameron, gerou muitas imitações, três continuações (a quarta chegará em 2014) e uma série de TV meia-boca, THE SARAH CONNOR CHRONICLES. Apesar de suas limitações orçamentárias, o filme até hoje é um ótimo entretenimento graças à trama inteligente, efeitos especiais antiquados mas eficazes, ação incessante e à própria figura do cyborg, mais uma criação do já falecido mestre Stan Winston (ALIENS, PREDADOR, JURASSIC PARK).

Uma pena que a força do conceito inicial de James Cameron foi se diluindo conforme as sequências foram lançadas – e isso, em parte, por culpa do próprio Cameron, que em O EXTERMINADOR DO FUTURO 2: O JULGAMENTO FINAL, repete a fórmula do original mas transforma a máquina letal numa espécie de babá de John Connor, introduzindo um outro cyborg assassino para ser o vilão. Sem falar na confusão que se estabeleceu no filme e na série posteriores (especialmente nesta última, que ignora o terceiro longa e cria uma espécie de linha do tempo alternativa) com a banalização da viagem no tempo – a toda hora chegam do futuro exterminadores para caçar Sarah e John, além de rebeldes humanos e cibernéticos. 

A rotina foi quebrada no quarto filme lançado em 2009, EXTERMINADOR DO FUTURO: A SALVAÇÃO, no qual vemos Christian Bale (trilogia BATMAN - CAVALEIRO DAS TREVAS) como John Connor, combatendo as máquinas lá mesmo no futuro - inclusive um exterminador com o rosto de Arnold Schwarzenegger feito em CGI. Schwarzenegger confirmou sua participação em carne e osso no próximo filme, porém as expectativas quanto à sua qualidade, em função das várias mãos pelas quais a franquia já passou, não são altas.