Não foi apenas Speed Racer que fracassou nesta temporada, mas também esta comédia romântica, que não tem a menor vergonha de se apresentar como uma versão masculina de O Casamento do Meu Melhor Amigo. Só que chocha, sem graça, sem molho, decepcionante. Apesar da presença do galã do momento na televisão, Patrick Dempsey, da série Grey’s Anatomy. Nem é preciso lembrar que ele é um veterano ator jovem, dos tempos de Aluga-se Uma Namorada, que amadureceu bem, mas não melhorou como ator. Ficou mais bonitão, mas parece ter perdido a antiga verve de humorista. Mas também não é nada ajudado pelo roteiro, nem pelo elenco de apoio; não tem o menor carisma a mocinha da história, Michelle Monaghan (Antes Só do que Mal Casado, Medo da Verdade, Missão Impossível III, Sr. e Sra. Smith e, mesmo assim, ainda praticamente desconhecida. Ou seja ela não imprime, não se guarda seu nome ou rosto).
Mediocremente dirigido pelo inglês Paul Weiland (Em Busca do Ouro Perdido, Para Roseanna, ou seja, nada que o recomende), o filme é sobre um playboy bem de vida, que tem a filosofia de nunca repetir o encontro - transa uma vez e basta, parte para outra.
Hannah (Michelle) é sua melhor amiga desde a faculdade e, obviamente, seria a garota certa para ele, mas só vai descobrir isso quando ela volta de uma viagem noiva de um nobre escocês, já com data de casamento marcado. E ele é convidado para ser padrinho que, no sistema americano, não é como aqui, eles são damas de honra. Daí o titulo original. O resto você imagina e adivinha com a maior facilidade, porque é tudo tremendamente previsível e fácil de matar.
As situações nunca são muito engraçadas mas, ao menos, as locações são na Escócia, em Londres e Nova York. Mas não é viagem turística, é comedinha romântica muito fraca, muito descartável. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos de 20 de maio de 2008)