Crítica sobre o Blu-ray "Disney DVD - 97 Min." do filme "Wall-E":

Edinho Pasquale
Wall-E Por Edinho Pasquale
| Data: 16/12/2008
Há uma certa “decepção†deste lançamento em Blu-ray no Brasil. Não por causa da parte técnica, que está excelente, mas pela opção de se lançar apenas um disco, excluindo vários extras geniais presentes na edição americana.

O filme é uma das melhores animações dos últimos tempos, sem dúvida. A qualidade de imagem em alta definição impressiona, é rica em detalhes e cores, ressalta aos olhos. Cheio de texturas, prova que a tecnologia de animação gráfica evolui a cada ano. Usa o “codec†mais recente em termos de digitalização do formato (com proporção 2.39:1), o MPEG-4 AVC, o que faz com que em alguns players de BD, os mais antigos, necessitem de uma nova versão de “firmwareâ€. No meu, um Sansung de 1ª geração, tive problemas em vários momentos por não conseguir processar todas as informações, talvez porque não tenha atualizado o tal do “firmware†(atualização de códigos). Já no computador, não tive tais problemas, como o congelamento de imagens e áudio em vários momentos. Falando em áudio, a trilha original está num soberbo formato DTS HD, com o uso impressionante de todos os 5.1 canais, dando um show nos detalhes que por vezes não perceberíamos no tradicional Dolby Digital “simplesâ€, o utilizado na excelente dublagem. Aliás, há aqui mais um ponto positivo: como é de costume em alguns produtos Disney, algumas telas estão com os “dizeres†em Português.

Voltemos então ao tema inicial: os extras. Além da melhoria da qualidade de imagem e áudio, evidentes do formato, uma das grandes vantagens para atrair o público pare este formato é a presença significante de extras que pode ir além do DVD, por causa da nova tecnologia envolvida. Por isto, se alguns dos materiais acima comentados são bem interessantes, a falta do segundo disco é preocupante. Com um preço ainda elevado, os BD deveriam levar em conta que, neste momento, o importante é poder oferecer todos os recursos disponíveis para atrair o público para este formato. Não é descartando extras importantes, como making of, vários featurettes (um deles que conta a história da Pixar e a sua parceria com a Disney, por exemplo), cenas deletadas, enfim um “caminhão†de opções que se deixaram “de ladoâ€. Há uma louvável iniciativa da dublagem de extras “difíceisâ€, como os comentários em áudio, mas isto é pouco.

Para quem já tem a tecnologia BD e não se importa com uma maior quantidade de extras, vá em frente, compre, o filme merece. Para o que não tem ainda, vale o mesmo conselho, a qualidade é infinitamente superior ao DVD. Mas para os fãs e colecionadores de BDs, fica uma sombra de dúvida se vale pagar o valor atual do disquinho.