Por Viviana Ferreira
| Data: 19/01/2009
Muito já se adaptou e se falou sobre a eterna história de Ana Bolena, a mulher que fez com que um rei quebrasse todos os protocolos pela paixão sem limites, e teve um fim trágico. Sua história mais parece um tragédia escrita por algum dramaturgo, mas o que talvez mais impressione as pessoas é que ela foi realmente real. Em The Tudors, a função não é contar a história da Ana Bolena e dói rei Henrique VIII, mas sim de toda dinastia Tudor, quando Heny pensava que seria o ultimo, passando pelas dificuldades de seu relacionamento com Catarina de Aragão pelo fato dele pensar haver pecado (pois a rainha era prometida de seu irmão mais velho, Arthur, que faleceu) à paixão estarrecedora por Ana Bolena. Então, se na primeira temporada Henry, magistralmente interpretado por Jonathan Rhys Meyers conhecia Ana (Natalie Dormer) e começava ali a lutar para conseguir seu divorcio com a rainha Catarina (Maria Doyle Kennedy), tendo como braço direito Thomas Wolsey (Sam Neil) e Sir Thomas More (Jeremy Northam), a segunda temporada é ainda mais incrÃvel, pois retrata o casamento de Ana com Henry, a reforma pela igreja Anglicana, e a luta do Papa (Peter O´Toole) para virar o jogo. Sendo uma série sobre a dinastia Tudor, e não especificamente sobre Ana Bolena, a série cria adornos mais consolidados. Se em produções como A Outra e Ana dos Mil Dias o foco se volta à ascensão e queda da rainha, em The Tudors o foco é total em Henry. Em suas ações, paixões, mudanças de humor (que são várias) e acontecimentos que ocorrem em sua vida.
Se na primeira temporada temos raiva de Thomas Wolsey e seu abuso católico, na segunda temporada é impossÃvel não ficar com raiva também dos protestantes, e de algumas ações cruéis do próprio Henry, mas também de todo seu arrependimento. O fato é que Henry foi um homem que mudou a história, por misturar o Estado com a Igreja, e ser decretado como chefe da igreja, algo nunca feito anteriormente. E durante toda sua saga há muita morte, sexo, reviravoltas e pontos altos.
A parte técnica da série é impecável, dos figurinos magnÃficos de Joan Bergin, a uma trilha poderosa de Trevor Morris. Mas é o roteiro, de Michael Hirst, que realmente brilha. O grande criador da série é mais conhecido por ser o roteirista dos filmes Elizabeth e Elizabeth – A Era de Ouro, mas é The Tudors a sua maior realização, pois o grande trunfo da série é prender o espectador a cada novo capÃtulo. Sendo assim eu não só aguardo ansiosamente a 3ª temporada (era Jane Seymour, nascimento do rei Eduardo), como aconselho as pessoas a terem este DVD em casa, pois além de seu conteúdo ser ótimo, a imagem é magnÃfica.