Por Viviana Ferreira
| Data: 24/02/2009
Quando ouvi falar neste filme, primeiramente, achei que fosse um projeto no máximo satisfatório. Embora com a direção e roteiro de George Gallo (roteirista de “Bad Boysâ€), Meg Ryan, depois de algumas cirurgias plásticas estava sem fazer filmes há algum tempo, e mesmo que este filme tenha sido lançado antes do fraco “mulheres...o sexo forteâ€, eu não conseguia enxergar perspectivas neste projeto. Mais eis que tenho uma boa surpresa. O filme não é só muito legal, como é divertido, e acima de tudo leve. Em tempos tão turbulentos quanto os de hoje em dia, filmes com esta temática são muito bem vindos, e melhor ainda quando seu desenvolvimento de roteiro equilibrado e sem “bobeiras†que os americanos adoram e se deixam enganar.
A história é no mÃnimo diferente: Henry (Colin Hanks) é um agente do FBI que sempre se preocupou muito com sua mãe, Martha (Meg Ryan) pelo fato dela ser muito sensÃvel, principalmente depois da morte de seu pai. Além de tudo, Martha é terrivelmente obesa, e sofre com sua situação. Depois de uma missão de 3 anos, Henry se depara com uma mãe mais magra, cheia de vida, e liberal, o que para ele não é exatamente um fator positivo. As coisas se complicam ainda mais quando Marty (Martha agora gosta de ser chamada de Marty) se apaixona por Tomás (Antonio Banderas), um homem sensual, carismático e...um ladrão internacionalmente conhecimento, que está na mira do FBI! Henry então deve agir em sigilo, não podendo contar a situação nem para sua noiva Emily (Selma Blair), que também trabalha para o FBI. A partir daà são varias reviravoltas, que rendem gargalhadas, principalmente de um inspirado Banderas, e de um genial Colin Hanks. Colin, que tem o fardo de ser mais conhecido como filho do Tom Hanks é um ótimo ator de comédia (lembrando-se que seu pai também o é), e já teve a chance de mostrar seu potencial em filme como “Orange Countyâ€, “A Casa das Coelhinhas†e agora “Mais do Que Você Imaginaâ€. Seu desespero e suas caras de pavor são ótimas, além dele ter uma simpatia natural. Selma Blair, sempre hilária, acaba sendo pouco aproveitada, agindo mais como uma namorada fiel e doce, papel que cairia melhor para Neve Campbell. Já Meg...ela continua uma doçura. Alias é incrÃvel como esta atriz tem como maior caracterÃstica essa doçura habitual, uma qualidade que a acompanhará até a sua morte. O grande problema é que, Meg, que tem 48 anos, está com uma aparência estranha por causa das plásticas, e essa doçura acaba sendo um fator que a deixa com um semblante estranho. Além disso, 90% dos personagens homens ficar falando que ela é linda é forçar a barra, já que depois de tantas intervenções cirúrgicas nem bonita ela está. Alias, se fosse para se fazer uma critica seria nesta quantia de elogios em vão quanto à personagem de Meg (ah se fosse a Sharon Stone tudo bem, mas não é), e a trilha de Chris Boardman que é estranhÃssima. Outro destaque é para a ponta de Enrico Colantoni que faz um ex- namorado de Marty que vai toda noite na frente de sua casa gritar desastrosas declarações de amor.
No final das contas é um bom filme, leve, água com açúcar e com boas sacadas cômicas. É um bom divertimento. ((Viviana Ferreira)