Crítica sobre o filme "Casa das Coelhinhas, A":

Viviana Ferreira
Casa das Coelhinhas, A Por Viviana Ferreira
| Data: 25/03/2009
Não há nada melhor, ao assistir um filme do que ser altamente surpreendido por ele. A Casa das Coelhinhas uma comédia deliciosa protagonizada de modo fantástico por Anna Faris, é deste tipo de filme, que das tiradas hilárias de Anna, à lição principal do filme, dá um banho de diversão e bondade.

A historia começa como uma “Mezzo Cinderellaâ€, onde a personagem de Anna, Shelley, é uma coelhinha da mansão playboy, que tem tudo o que sempre quis, e por isso mesmo causa inveja em outra coelhinha, Cassandra (Monet Mazur) que inventa uma historia mirabolante para que Shelley saia da mansão. Sem dinheiro e totalmente ingênua, Shelley acaba em confusões como ir parar na cadeia, e, no final das contas, vai parar em uma irmandade de Universidade que está falindo porque suas participantes são “nerds†demais. A grande graça é que elas são, na verdade, lindas. E por mais que esta historia de beleza escondida esteja manjada, não há nada mais legal do que ver a transformação de uma mulher (ainda mais de modo tão feminino e gracioso quanto os das “Zetasâ€). Natalie (Emma Stone - engraçadíssima), Mona (Kat Dennings), Harmony (Katharine McPhee), Joanne (a bela filha de Demi Moore com Bruce Willis, Rumer Willis), Lilly (Kiely Williams) e Carrie Mae (Dana Godman), são tímidas, sem jeito, longe de serem populares, mas são inteligentes e espertas, e Natalie logo percebe que, com as sacadas de Shelley, elas podem tirar a irmandade do buraco, tornando Shelley então, a governanta do local. A partir daí, são muitas reviravoltas, cenas de arrancar grandes risos, mas também que deixam aquela eterna lição que nunca é demais para ser lembrada: não importa de onde venhamos, como sermos, se somos nós mesmos, somos tudo.

Em termos técnicos, a direção de Fred Wolf, estreando como diretor (mais conhecido por roteirizar durante anos, o Saturday Night Live), é afinada, e a atuação tanto de Anna quanto das meninas, é ótima. A Shelley de Faris é inocente, mas não tolinha. Ela sabe quando há alguma coisa de errado, e sempre quer ajudar e melhorar as situações. O figurino de Mona May (figurinista de Encantada) também é ótimo, acentuando os tons femininos e o que cada atriz do filme tem de melhor. E o roteiro de Kirsten Smith e Karen McCullah Lutz (dupla responsável por roteiros de Legalmente Loira e 10 Coisas que Eu Odeio em Você) também é ótimo, com uma historia que inicialmente poderia ser puro clichê mas que é defendida de tal modo que torna-se uma comedia encantadora.

Digo então que o filme é recomendável 100%, onde para quem gosta ou não de comedias irá conquistar. (Viviana Ferreira)