Crítica sobre o filme "Dama e o Vagabundo, A":

Wally Soares
Dama e o Vagabundo, A Por Wally Soares
| Data: 10/07/2009
Um clássico inegável, A Dama e o Vagabundo é uma das inúmeras animações da Disney que marcaram geração e sobrevivem, até hoje, sempre atuais. A pequena e gloriosa história de uma cachorra elegante e bem cuidada que se apaixona por um vira-lata é tão afável e romântica que manteve sua magia intocada mesmo mais de 50 anos após seu lançamento. A animação, criada pelas mentes criativas que levaram Peter Pan e Alice no País das Maravilhas às telas (e à eternidade), é uma mistura sagaz e divertida de humor, ação leve e um romance como nenhum outro.

Como grande parte das animações da Disney lançadas naquela época, A Dama e o Vagabundo é, além de um romance e uma comédia, um musical adorável. As canções pairam sobre quem assiste à película, e não é difícil se ver cantarolando as belas e rítmicas músicas que marcam. Além disso, o visual da animação é um dos mais exemplares da Disney. A primeira animação lançada no formato widescreen, o filme possui uma película irretocável, com cores suntuosas e um sentimento mágico que oscila diversamente entre uma cena memorável e outra. Não tem como esquecer, por exemplo, a já nostálgica cena que traz os dois cãezinhos apaixonados comendo macarrão e encostando os lábios. Charmoso é pouco.

De virtuosidade irrefutável, eis aqui uma animação para se apaixonar. E todos – velho ou novo – podem ser colocados sob o feitiço de um charme tão bem composto e mágico como este. O romance canino para intimidar todos os outros, esta animação pode muito bem ser a obra definitiva de seu subgênero. (Wally Soares – confira o blog Cine Vita)