Crítica sobre o filme "X-Men Origens: Wolverine":

Jorge Saldanha
X-Men Origens: Wolverine Por Jorge Saldanha
| Data: 30/10/2009

Após a bem-sucedida trilogia X-MEN (principalmente pelos dois primeiros filmes, dirigidos por Bryan Singer), a Fox resolveu “tirar leite de pedra†com projetos que contam a origem de alguns dos mutantes da Marvel. Após X-MEN ORIGENS: WOLVERINE, já estão aprovados um segundo filme dedicado ao herói com garras de adamantium, um longa com versões mais jovens dos X-Men, o filme de DEADPOOL e finalmente X-MEN ORIGENS: MAGNETO. E, avaliando-se por este filme inicial do Wolverine, a franquia seguirá se ressentindo da falta do envolvimento de Singer.

Não que X-MEN ORIGENS: WOLVERINE seja uma bomba. Sem dúvida poderia ser muito melhor, mas visto como um filme de ação sem maiores pretensões (ou seja: evite comparações com obras baseadas em HQs mais ambiciosas e indiscutivelmente melhor sucedidas como BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS ou WATCHMEN), ele se revela um esforço decente do diretor Gavin Hood (INFÂNCIA ROUBADA) que cumpre seus objetivos – mostrar Hugh Jackman/Logan/Wolverine em vários confrontos contra Liev Schreiber/Victor/Dentes de Sabre e outros adversários. O filme começa bem, mostrando a infância dos irmãos mutantes Logan e Victor, que nos créditos iniciais são vistos lutando em várias guerras ao longo da História.

Este segmento é muito eficiente ao estabelecer as diferenças entre ambos - Victor é um sujeito sanguinário que mata por diversão, enquanto Logan é contrário às mortes sem sentido. Após a dupla ser fuzilada durante a Guerra do Vietnã, eles são recrutados pelo oficial do Exército Striker (Danny Huston), que conhece suas habilidades especiais e pretende empregá-las em uma equipe especial de mutantes. No entanto, durante um incidente na Ãfrica, Logan percebe que Striker está usando a equipe em seus próprios interesses e parte para o Canadá, rumo a uma vida pacata e romântica. Este segmento inicial, sem dúvida, é o melhor do filme, que a partir do momento em que Logan é descoberto por Striker e Victor e passa a ser perseguido, vira uma sucessão de sequências de ação repletas de efeitos visuais, que nem sempre são convincentes.

Os confrontos entre Logan e Victor tornam-se repetitivos, e além do mais, o excesso de mutantes vistos na tela impede um maior desenvolvimento de personagens como Gambit, um dos preferidos dos fãs. Enfim, apesar da falta de substância, o filme interessa a muitos por mostrar o passado de Logan e vários mutantes que até então não foram vistos no cinema. Mas desconfio que ele será melhor apreciado por aqueles que não conhecem a fundo as origens de Wolverine e seus colegas, como mostradas nos gibis.