Crítica sobre o filme "Independence Day":

Jorge Saldanha
Independence Day Por Jorge Saldanha
| Data: 14/06/2010
Se você conseguir superar o ufanismo, o americanismo, o simplismo do final e outros “ismos†da trama, irá se divertir com INDEPENDENCE DAY, o grande campeão de bilheteria de 1996 que consagrou Will Smith. ID4, como o filme também é conhecido, foi mais um fruto da parceria Roland Emmerich (diretor/roteirista) e Dean Devlin (roteirista/produtor), que já haviam produzido os sucessos SOLDADO UNIVERSAL e STARGATE, e posteriormente fariam a versão hollywoodiana de GODZILLA. Com os recursos liberados pela Fox para a realização de INDEPENDENCE DAY, eles fizeram uma mistura de filmes.

Genericamente, pode-se dizer que a espinha dorsal do filme é o clássico GUERRA DOS MUNDOS, com seqüências estilo STAR WARS. Mas a coisa não pára por aí, já que temos elementos dos filmes catástrofe dos anos 1970 (estilo que o diretor explorou à exaustão nos posteriores O DIA DEPOIS DE AMANHÃ e 2012), antigos filmes de guerra, TOP GUN e vários títulos sci fi como O DIA EM QUE A TERRA PAROU, ARQUIVO X e até mesmo V - A BATALHA FINAL. A dupla Emmerich/Devlin combinou os elementos de aventura e ficção científica no roteiro onde, como nos filmes catástrofe que o inspiraram, as histórias paralelas de vários personagens encontravam-se na conclusão.

Na época do seu lançamento, tecnicamente INDEPENDENCE DAY parecia ter custado no mínimo o dobro dos 60 milhões de dólares que foram gastos – e isso foi possível graças à economia que a equipe realizou em alguns aspectos da produção. No elenco, não foram contratados astros de primeira grandeza, mas atores competentes como Bill Pullman (SPACEBALLS), Jeff Goldblum (A MOSCA, JURASSIC PARK, O MUNDO PERDIDO) e Brent Spiner (JORNADA NAS ESTRELAS: A NOVA GERAÇÃO). Já nos efeitos visuais, ao invés de ser contratada uma renomada (e cara) empresa como a Industrial Light & Magic, foi criada especialmente para o filme uma central de Computação Gráfica encarregada de combinar as cenas reais com as tomadas de efeitos especiais (mais de 500), bem como para gerar as seqüências de combate aéreo. Também foram usadas técnicas tradicionais como pinturas de fundo e modelos de naves e jatos em algumas tomadas. Para as famosas cenas de destruição das cidades foram construídas maquetes em escala, como a detalhada réplica da Casa Branca, com 1,5 metro de altura e 3,5 metro de largura, que custou 40 mil dólares e foi explodida na cena mais conhecida do filme.

Recentemente Emmerich declarou que tem planos para fazer não apenas uma, mas duas continuações de INDEPENDENCE DAY, e que Will Smith já estaria com sua participação garantida. Mas o fato é que até o momento não há uma confirmação oficial a respeito – de concreto, apenas o envolvimento do diretor na adaptação cinematográfica da obra de Isaac Asimov FUNDAÇÃO.