Crítica sobre o filme "Dono da Festa, O":

Jorge Saldanha
Dono da Festa, O Por Jorge Saldanha
| Data: 28/07/2010
A National Lampoon é uma revista humorística norte-americana surgida anos 1970 - uma espécie de Mad com mais ênfase na sátira política e cultural. Seu sucesso foi tão grande que, ao final da década, ela virou uma marca também associada a uma série de comédias de cinema, as mais conhecidas sendo CLUBE DOS CAFAJESTES (NATIONAL LAMPOON’S ANIMAL HOUSE, 1978), que tornou o falecido comediante John Belushi um astro, e a série estrelada por Chevy Chase iniciada com FÉRIAS FRUSTRADAS (NATIONAL LAMPOON’S VACATION, 1983). Esta O DONO DA FESTA (NATIONAL LAMPOON’S VAN WILDER, 2002), do então estreante diretor Walt Becker, é uma espécie de irmã espiritual de CLUBE DOS CAFAJESTES, inserindo-se no mesmo subgênero “comédia juvenil num campus universitário”.

Como seria de esperar, temos piadas escatológicas, algumas situações sexuais, nudez e disputas entre grupos rivais na faculdade. Se na antológica comédia de 1978 os “mocinhos” pertenciam a uma fraternidade de desajustados, em O DONO DA FESTA temos o popular fazedor de festas Van Wilder (Ryan Reynolds em início de carreira, emulando alguns trejeitos de Jim Carrey) e seus aliados – destacando entre eles o engraçado indiano Taj (Kal Penn). Wilder tem a vida que pediu a Deus na faculdade – muitas garotas, festas e bebidas, e não tem a mínima intenção de se formar, até que seu pai (Tim Matheson, de CLUBE DOS CAFAJESTES) decide que não vai mais pagar as mensalidades. Isso obriga Wilder a ter de se virar sozinho para custear seus estudos e finalmente conquistar o diploma.

Mas para dificultar sua vida ele se envolve com uma repórter estudantil (vivida pela hoje sumida Tara Reid) que namora o esnobe líder de uma fraternidade, Richard (Daniel Cosgrove). Estabelece-se então o conflito entre Wilder e Richard, que envolve golpes “sujos” como pãezinhos recheados com esperma de cachorro, a infiltração de estudantes do primário em festas regadas a álcool e o velho truque do milk-shake com laxante. A “guerra” acaba levando à expulsão de Wilder da faculdade, o que faz com que os alunos se unam para tentar evitar que isso aconteça. O final é, obviamente, pra lá de previsível, mas se você curte este tipo de comédia certamente terá em O DONO DA FESTA um programa descompromissado e divertido.