Pensando bem, este filme é extremamente discutível já que o roteiro cria uma situação que menos do que discutir um caso hipotético, procura justificar o uso da tortura (que existe há milênios e dizem eles que sempre dá certo) pelos militares americanos no combate a possíveis ataques terroristas, mesmo que isso vá contra os princípios básicos, da constituição americana e os direitos do homem. Por trás de um clima de thriller de suspense, este é um filme de direita, com uma mensagem polêmica extremamente manipulativa e perigosa. É triste ver atores de qualidade envolvidos neste projeto reacionário, que vai demonstrando quase didaticamente porque é tão importante torturar os suspeitos.
Um final irônico não diminui o impacto do que foi mostrado antes. Jackson faz o especialista no assunto, Carrie, de Matrix, a relutante auxiliar e o inglês Michael Sheen, de A Rainha, é o terrorista. Curioso se ver em pontas quase mudas o ex-superman Routh e o ator de TV Gil Bellows, o Tony Ramos americano. Inédito em nossos cinemas. (Rubens Ewald Filho na coluna Clássicos. REF tem um blog exclusivo no portal R7)