Os irmãos Michael e Peter Spierig adoram trabalhar em projetos que tenham um quê de terror, mas que tenham uma historia pra contar. Foi assim em Undead e é assim em 2019 - O Ano da Extinção, um filme que tem seus momentos de terror mas que serve também para fazer nos refletir sobre a humanidade que há dentro de cada um de nós x a sobrevivência.
O longa se passa, como já dito no titulo em 2019, onde uma praga transformou parte da população humana em vampiros. De tal forma que os humanos são usados como alimento (ficam presos em uma matriz onde como cobaias, fornecem seu sangue que é distribuído em bares, restaurantes à lá True Blood). Ocorre que é claro, os humanos estão se extinguindo e, se os humanos não existirem mais, a parte da população que é vampira também não irá mais existir já que não terá mais alimento para sobreviver. Eis que temos então o protagonista do filme, Ed Dalton (Ethan Hawke) que trabalha na matriz durante à noite e que acha a cura os vampiros não ficarem sangue, criando uma espécie de sangue sintético (inspiração de True Blood again). Porque se o vampiro ficar sem sangue, ele se transforma em uma aberração mutante. Enfim, mais do que isso, Ed, ao longo da narrativa consegue até se transformar em humano novamente (!!!!). Outros personagens importante da trama são Lionel Cormar (Williem Defoe) um vampiro do grupos dos vampiros rebeldes, e Charles Bromley (Sam Neil) o grande vilão da trama.
Mas o que é muito legal deste filme é que ele consegue lidar com o tema já batido dos vampiros de forma totalmente nova, conseguindo criar uma historia de conteúdo, fugindo dos temas clichês do gênero. Outro destaque do longa vai para a trilha sonora do sempre competente Christopher Gordon, que entrega um dos melhores scores dos últimos tempos do gênero.
Um filme muito bem feito, que mistura suspense, terror e ficção cientifica na medida certa, e pode ser visto até por aqueles que não gostam de filmes do gênero, já que trata-se de um longa que acerta no roteiro. Bom para os fãs do gênero e também para quem aprecia uma historia bem contada. (Viviana Ferreira)