Ãcone da pirataria no mercado nacional (meses antes de seu lançamento nos cinemas uma cópia internacional vazara e era vendida nas ruas), TROPA DE ELITE saiu em DVD por aqui via Universal, que até o momento não demonstrou a intenção de disponibilizar no Brasil o filme em Blu-ray. Pode ser que haja alguma disputa por direitos, já que as três edições em BD que existem no mundo são de distribuidoras independentes. O fato é que o colecionador brasileiro que queira ter o filme com a melhor qualidade de imagem e som terá de recorrer à importação. As edições disponÃveis na Europa são a britânica (Região B, áudio DTS-HD Master Audio 5.1) e a sueca (Região livre, áudio Dolby Digital 5.1). Como se vê a sueca, ao contrário da britânica, pode ser reproduzida em nossos players mas tem apenas áudio
lossy. Portanto a opção mais indicada ao colecionador, em que pese a capa feia e quase toda escrita em chinês, é a de Hong Kong, como as demais apresentando o filme em seu aspecto original 1.85:1 mas é Região A (a nossa), e além de uma faixa de áudio em português Dolby Digital 5.1 também disponibiliza uma impecável mixagem em alta definição Dolby TrueHD 5.1 no nosso idioma.
Por melhor que seja o áudio Dolby Digital, ele não se compara ao dinamismo do áudio
lossless nas sequências de tiroteio passadas nas favelas. Além da excelente fidelidade da mixagem, ela faz um uso eficiente e agressivo dos canais traseiros, envolvendo o ouvinte com sons de gritos e disparos. As músicas são reproduzidas com peso e potência, e como já acontecia no cinema, os diálogos repletos de palavrões estão sempre claros. É uma mixagem de áudio nacional de primeira classe, livre de ruÃdos e chiados. As legendas estão disponÃveis nos idiomas inglês e chinês – tradicional e simplificado -, sendo o menu principal animado bilingue (chinês/inglês).
Quanto à imagem, é bom ressaltar que a de TROPA DE ELITE não é “bonitaâ€, é granulada e pesadamente processada pelos realizadores a fim de levar ao espectador a sensação realista de que ele está nas favelas, muitas vezes criando uma sensação de desconforto e caos. Predomina um tom de cores amarelado / esverdeado, com forte brilho e contraste estourado nas cenas diurnas. Opções criativas à parte, a transferência é exemplar em reproduzir fielmente e com ótimo nÃvel de detalhamento o visual pretendido pelo diretor, e não fosse por um pouco de ruÃdo que notamos em alguns momentos, ela seria impecável – não saberia dizer se esse problema é inerente à filmagem ou decorre da digitalização. De resto a master empregada está livre de marcas, riscos e outros danos de pelÃcula.