Baseado no filme francês do magnífico cineasta Francis Veber (de O Closet e Gaiola das loucas) Le diner de cons (mais uma vez mostrando a fixação Holywoodiana que existe em fazer remakes de filmes franceses, Jantar para idiotas é muito bem realizado, embora não tão bom quanto o original, por causa da atuação absurdamente perfeita de Steve Carrell, que há tempos eu não via tão bem (a ultima vez que o vi fazer um papel de modo tão compenetrado foi em Eu, meu irmão e nossa namorada).

O filme conta a história de Tim (Paul Rudd) que quer por tudo uma promoção em seu trabalho e só o irá conseguir se for a um jantar para idiotas promovido por seu chefe no final de semana. Mesmo sua namorada Julie (Stephanie Szostak) sendo contra, por acaso ele acaba encontrando Barry (Steve Carrell) um “idiota” completo que acaba se afeiçoando à ele e o colocando em diversas confusões (como trazer a ex e maluca namorada de Tim para a casa deste). Só que Barry nada mais é que uma pessoa sensível, que adora fazer arte com ratinhos, onde ele os veste e faz cenários para um mesmo, sendo um verdadeiro artista. Em contrapartida, Julie recebe investidas do maluquíssimo pintor Kieran (Jemaine Clement) o que também rende boas risadas.

Enfim, é um filme super divertido, que rende boas risadas, mas que também acaba emocionando pela sensibilidade do personagem de Carrell, que foi deixado pela esposa e que sofre, mas que também tem o seu jeito e não é por causa disso que ele não é uma pessoa incrível. O que nos faz pensar que muitas vezes julgamos as pessoas por serem diferentes mas isso não quer dizer que elas não sejam integras, ou boas, ou inteligentes, apenas fazem e gostam de coisas peculiares e originais.

Pra quem gosta dos atores ou de uma boa comédia, vale muito assistir. Mas recomendo também que encontrem o filme original, que é ainda melhor que este "remake".