Crtica sobre o filme "Star Wars: A Saga Completa":
Por Jorge Saldanha
| Data: 02/10/2011
Em meados dos anos 1970, George Lucas já era conhecido por ter dirigido os bem-sucedidos filmes THX 1138 (1971) e LOUCURAS DE VERÃO (1973). No entanto, Lucas estava frustrado por ainda não ter conseguido concretizar o seu maior sonho, que era dirigir uma aventura tipo “Flash Gordon” para o cinema. Lucas escreveu toda uma história que colocava, em um cenário de space opera, elementos dos gêneros de filmes e seriados que ele crescera assistindo: western, fantasia, capa-e-espada, guerra e, obviamente, ficção científica. O material que Lucas escrevera era suficiente para uma série de filmes, mas ele decidiu que o resto seria contado mais tarde, caso a primeira aventura fizesse sucesso. O jovem cineasta procurou vários estúdios, que não viram chances de sucesso comercial em sua fantasia espacial, que para ser transposta para as telas necessitaria de efeitos visuais até então nunca vistos. Por sorte Lucas conseguiu sensibilizar Alan Ladd Jr., então chefe de assuntos criativos da Fox, para o seu novo projeto. Como resultado, em 1977 GUERRA NAS ESTRELAS (STAR WARS, que no seu relançamento em 1979 recebeu o subtítulo EPISODE IV: A NEW HOPE) tomou de assalto os cinemas do mundo todo. No filme tivemos o primeiro contato com o maniqueísta, porém fascinante universo criado por Lucas, que deu uma nova roupagem ao mito do herói e que, como descobrimos nos capítulos seguintes daquela que hoje é conhecida como a Trilogia Original, bem como na nova trilogia iniciada em 1999, tratava na sua essência do longo caminho de um homem rumo à redenção, finalmente concretizada através da reconciliação com seu filho.
Após as sequências O IMPÉRIO CONTRA CONTRA-ATACA (1980) e O RETORNO DE JEDI (1983), Lucas aparentemente abandonara a intenção de dar seguimento ao plano original de nove filmes, apesar de já ter escrito o esboço da trama que seria desenvolvida nos três próximos episódios (que cronologicamente seriam os primeiros). Seus esforços foram concentrados em novos projetos como produtor, no desenvolvimento de efeitos especiais através da sua famosa Industrial Light and Magic (ILM), e no aprimoramento de sistemas de som para cinema e Home Theater, como a certificação THX. Porém, desde INDIANA JONES E A ÚLTIMA CRUZADA (1989) Lucas não estivera envolvido diretamente em um grande sucesso do cinema. E pior, dois projetos nos quais depositara grande esperança, HOWARD - O SUPER-HERÓI (1986) e WILLOW (1988), foram fiascos de público e crítica.
Assim, no início dos anos 1990, sentindo a necessidade de retornar ao cinema em grande estilo, Lucas capitulou e começou a pensar seriamente em retomar seu maior sucesso. Em 1995, enquanto ele começava a escrever o roteiro do novo filme, a Lucasfilm iniciou a restauração dos três filmes originais, adicionando novas cenas e aperfeiçoando, com o uso do computador, várias seqüências de efeitos visuais. A Edição Especial da Trilogia Original foi lançada em 1997 e finalmente, no início de 1998, sob a direção de Lucas foram realizadas as primeiras tomadas de A AMEAÇA FANTASMA. Na área musical, o veterano John Williams foi novamente convocado para compor e reger as melodias da Força. A elite de técnicos da ILM deixou de lado outros projetos para dedicar-se exclusivamente à criação de efeitos em larga escala. No roteiro, além de versões mais jovens de alguns personagens já conhecidos, foram introduzidos novos, porém equivalentes aos originais, com algumas variações. E é a partir deste filme que, a seguir, passo a comentar a saga na ordem cronológica de sua trama, e não de produção. Não vou evitar totalmente os SPOILERS, já que duvido muito que alguém que nunca tenha assistido STAR WARS – agora o nome da franquia mundialmente - vá perder tempo lendo esta longa resenha:
EPISÓDIO I: A AMEAÇA FANTASMA – Os Cavaleiros Jedi, uma casta de guerreiros que utiliza o poder místico conhecido como A Força, são os protetores da República Galáctica. O Mestre Jedi Qui-Gon Jinn (Liam Neeson) e seu padawan (aprendiz) Obi-Wan Kenobi (Ewan McGregor) são enviados ao planeta Naboo, a fim de impedir diplomaticamente uma invasão da Federação Comercial. Incapazes de resolver o conflito pacificamente, a dupla Jedi entra em ação e consegue salvar a jovem rainha Amidala (Natalie Portman) e se une ao alienígena da raça Gungan chamado Jar Jar Binks. Um perigoso Lorde Sombrio de Sith, Darth Maul (Ray Park), é enviado por seu misterioso Mestre Darth Sidious para capturar a rainha. É durante a fuga que eles fazem uma parada no planeta Tatooine, onde o jovem Anakin Skywalker (Jake Lloyd), então com 9 anos, e sua mãe (Pernilla August), vivem como escravos. Enquanto sua nave é consertada, Qui-Gon Jinn percebe que Anakin possui habilidades especiais e demonstra interesse em treiná-lo. Porém, antes de tornar-se tutor do menino, ele precisa pedir autorização do Conselho Jedi, comandado pelos Mestres Yoda (voz de Frank Oz) e Mace Windu (Samuel L. Jackson). A fim de conquistar a liberdade, Anakin participa de uma corrida de "pod racers" patrocinada pelo chefão local, Jabba The Hutt. A próxima parada é o planeta-cidade Coruscant, centro político e social da República, que abriga o Senado prestes a ser liderado pelo Chanceler Palpatine (Ian McDiarmid), e o lendário Conselho Jedi. Qui-Gon Jinn acredita que Anakin pode tornar-se um poderoso aliado no futuro. Porém, quando o menino é apresentado a Yoda, este pressente que há algo errado com ele. Apesar de negar o pedido de Qui-Gon Jinn para treinar Anakin, o Conselho concorda em enviar ajuda a Naboo, onde ocorrerá o confronto final entre os Jedi, a Federação e Darth Maul. Com o garoto Jake Lloyd e um excesso de criaturas e robozinhos dando um ar infantil ao filme, quebras de ritmo, problemas de roteiro, um personagem digital (Jar-Jar Binks) que todo mundo detestou e, principalmente, um ótimo vilão (Darth Maul) muito mal aproveitado, apesar das boas bilheterias a recepção dos críticos e dos fãs não foi muito boa. As coisas melhorariam um pouco em...
EPISÓDIO II: ATAQUE DOS CLONES - Dez anos depois dos acontecimentos narrados no longa anterior, Padmé Amidala não é mais a Rainha do planeta Naboo, mas sim Senadora da República. Após um atentado fracassado contra a sua vida, o agora Mestre Jedi Obi-Wan Kenobi e seu aprendiz Anakin Skywalker (Hayden Christensen) são destacados para protegê-la. Logo ocorre um novo atentado a cargo da assassina Zam, contratada pelo caçador de recompensas Jango Fett. Após uma alucinante caçada pelos céus de Coruscant, Kenobi e Anakin capturam Zam, mas antes que ela fale alguma coisa Fett, à distância, a mata. Amidala retorna a Naboo acompanhada por Anakin, e lá iniciam um romance proibido, já que os Jedi não podem ter relacionamentos amorosos. As investigações de Kenobi o levam ao distante planeta Kamino, onde milhares de clones de Jango Fett estão sendo criados e treinados para formar um grande exército da República. Anakin tem um pesadelo com a sua mãe e decide retornar ao seu planeta natal, Tatooine. Lá, contudo, ocorre uma tragédia que o levará mais para perto do Lado sombrio da Força. Após escapar de um feroz ataque de Jango Fett e de seu filho, Boba, Kenobi chega ao planeta Geonosis, onde descobre uma conspiração que busca separar da República vários sistemas estelares, liderada pelo ex-Jedi Conde Dookan (Christopher Lee), tendo a Federação de Comércio como aliada. Kenobi é aprisionado, não sem antes mandar uma mensagem para Anakin e o Conselho Jedi. Anakin, Amidala e os androides R2-D2 (Kenny Baker) e C-3P0 (Anthony Daniels) vão resgatar Kenobi, porém também são aprisionados por Dookan. Condenados à morte, os três humanos são colocados em uma gigantesca arena, onde para a diversão dos geonosianos, deverão ser devorados por feras monstruosas. Quando tudo parece perdido, centenas de Jedi liderados por Mace Windu surgem para salvá-los. Inicia-se um feroz combate contra os geonosianos e os androides da Federação, e no momento em que a balança começa a pender para os vilões chegam naves carregadas com o exército de clones, comandado pelo baixinho (mas poderoso) Mestre Yoda. Inicia a Guerra dos Clones, que no entanto não se compara ao antológico duelo de sabres de luz entre Yoda e Dookan. Ao final, vemos Anakin e Amidala casando-se em segredo em Naboo. Após a decepção de grande parte dos fãs com o EPISÓDIO I Lucas buscou corrigir os problemas que foram apontados naquele filme. Para começar, ele dividiu a tarefa de escrever o roteiro com Jonathan Hales, e juntos criaram uma trama mais fluída e movimentada e que praticamente ignora o execrado Jar-Jar Binks. Parecendo muitas vezes um videogame filmado, sem a novidade e o charme dos primeiros filmes da saga, com situações e diálogos clichês e o desempenho dos atores por vezes prejudicado por atuarem, na maior parte do tempo, na frente de um fundo azul, como puro entretenimento ATAQUE DOS CLONES é bem superior ao episódio anterior. Exceto para os nossos tradutores, que sofreram com a busca de Lucas por nomes exóticos para os personagens. Para que não soasse como palavrão o Conde Dooku virou Dookan, e da mesma forma o apenas mencionado Mestre Jedi Sifo Dias foi rebatizado como Sifo Vias.
EPISÓDIO III: A VINGANÇA DOS SITH - A Guerra dos Clones chega ao seu momento decisivo, e as desconfianças entre o Conselho Jedi e o Chanceler Palpatine se intensificam. Anakin Skywalker está dividido sobre quem merece a sua lealdade - os Jedi ou Palpatine, que a ele revela ser o Lorde Sith Darth Sidious. Padmé diz a Anakin que está grávida, e ele pressente que ela morrerá no parto. Na esperança de salvá-la com os poderes do Lado sombrio Anakin torna o discípulo de Sidious conhecido como Darth Vader. Os Sith colocam em ação um plano para exterminar todos os Jedi, a fim de que a democrática República seja transformada no Império Galáctico, sob o comando de Palpatine. Anakin e Obi-Wan Kenobi se enfrentam, em um duelo de sabres de luz que irá decidir o destino da galáxia. O filme trata essencialmente da destruição dos Cavaleiros Jedi e da democrática República, e a transformação de Anakin Skywalker no mais célebre vilão da ficção científica. Certo, A VINGANÇA DOS SITH continua sendo um típico filme de Lucas: nele temos diálogos piegas, atuações por vezes caricatas, muitas criaturas e robôs exóticos e efeitos especiais numa profusão inédita. Mas no melhor sentido também é um típico filme de STAR WARS. Lucas realizou um capítulo mais sombrio e dramático, que não evita mostrar crianças mortas e a descrição gráfica do destino de Anakin, e por isso foi o único da saga a receber, nos EUA, a classificação PG-13. Em sua primeira metade A VINGANÇA DOS SITH não difere muito dos filmes que lhe imediatamente antecederam, mas nela já se nota uma trama mais sólida e focada, que não perde muito tempo com acessórios e que também destaca o Chanceler Palpatine / Darth Sidious e sua busca pelo poder. Na segunda metade Lucas, ao som de mais uma grandiosa trilha musical de John Williams, que mescla composições novas com temas já conhecidos, amarra quase todas as pontas soltas e direciona a saga para o início da Trilogia Original, com os bebês Luke e Leia, frutos do romance entre Anakin e Padmé, sendo enviados para longe da influência de Vader. O filme se afasta um pouco do maniqueísmo que sempre caracterizou a franquia, tratando basicamente da zona cinzenta que fica entre a luz e as trevas - o comportamento ambíguo dos Jedi ao tramarem um golpe de Estado; aliados que se tornam, numa reviravolta do destino, em inimigos traiçoeiros; de como, enfim, heróis tornam-se vilões.
EPISÓDIO IV: UMA NOVA ESPERANÇA – A secular e democrática República Galáctica foi derrubada pela ascensão ao poder do despótico Palpatine, o Sith que se proclamou Imperador. Após o extermínio dos Cavaleiros Jedi o temível Lorde Sombrio de Sith, Darth Vader (David Prowse, voz de James Earl Jones), comanda a esquadra Imperial na caça aos rebeldes que tentam, com escassos recursos, enfrentar o Império e restaurar a República. É nesse cenário que o jovem fazendeiro Luke Skywalker (Mark Hamill), o mercenário Han Solo (Harrison Ford), a Princesa Leia Organa (Carrie Fischer) e o Jedi eremita Obi-Wan Kenobi (Sir Alec Guiness) tornam-se os personagens decisivos que levarão as Forças Rebeldes à sua primeira grande vitória contra os opressores - a destruição da gigantesca estação espacial Estrela da Morte, a mais poderosa arma do Império, capaz de destruir um planeta inteiro. Com seus então revolucionários efeitos visuais supervisionados por John Dykstra, o STAR WARS original, além de ser um estrondoso sucesso de bilheteria foi indicado para 10 prêmios Oscar® no ano seguinte, tendo conquistado sete estatuetas nas categorias técnicas. O impacto causado pela criação de George Lucas na indústria cinematográfica norte-americana foi bem maior do que gerar continuações, imitações ou iniciar uma nova onda sci fi / fantasia no cinema. Por ter sua estréia adiada de dezembro de 1976 para maio de 1977, o filme marcou o início, nos EUA, dos lançamentos dos filmes da temporada de verão já no mês de maio (até então esses lançamentos iniciavam em meados de junho). Também, foi graças a STAR WARS que as grandes trilhas sinfônicas voltaram a ser ouvidas nos filmes. A clássica trilha de John Williams, interpretada pelos 110 músicos da prestigiada Orquestra Sinfônica de Londres, foi a primeira a ser gravada em som Dolby Stereo, uma grande inovação técnica à época. O álbum duplo tornou-se a trilha sonora orquestral de maior sucesso até então, com mais de quatro milhões de cópias vendidas. Finalmente, o filme de Lucas foi o primeiro a utilizar o merchandising de forma maciça, não limitando os lucros somente à renda nas bilheterias, mas estendendo-os também à venda de uma infinidade de itens por ele inspirados: bonecos, kits de naves espaciais, revistas em quadrinhos, canecas, roupas, discos, etc. Sem imaginar o sucesso estrondoso que teria o filme, a Fox cedeu ao esperto Lucas os direitos de exploração comercial dos seus personagens e demais elementos. A firma licenciada, Kerner Toys, faturou mais de um bilhão de dólares anuais pelos sete anos seguintes, em brinquedos que reproduziam os personagens principais, bem como os andróides R2-D2, C-3P0, o peludo Chewbacca, os caças rebeldes e imperiais e a nave Millenium Falcon de Han Solo. Graças a isso Lucas conquistou sua autonomia financeira, podendo financiar com recursos próprios os próximos filmes de sua produtora, a Lucasfilm. E três anos depois, a saga atingiria seu ponto máximo de qualidade com...
EPISÓDIO V: O IMPÉRIO CONTRA-ATACA - A trama mais sombria mostra, já no início, os rebeldes sofrendo uma terrível derrota - a descoberta e a destruição, em um massivo ataque do Império, de sua base oculta no planeta gelado Hoth. A bordo do Millenium Falcon Han, Leia, Chewbacca (Peter Mayhew) e os androides C-3P0 e R2-D2 fogem e são perseguidos de perto por Darth Vader e a Frota Imperial, até chegarem a um refúgio aparentemente seguro na Cidade das Nuvens comandada pelo velho amigo de Han, Lando Calrissian (Billy Dee Williams). Tendo seguindo um caminho separado, Luke vai até o planeta Dagobah para encontrar o pequeno Mestre Yoda, que começa a treiná-lo para tornar-se um Cavaleiro Jedi. Luke pressente que seus amigos estão em perigo na Cidade das Nuvens, e contrariando os conselhos de Yoda e do espectro de Obi-Wan Kenobi, parte sozinho para salvá-los. Lá chegando ele encontra Vader, que usara seus amigos como isca para atraí-lo ao Lado sombrio. O duelo de sabres de luz entre os dois, travado nas entranhas Cidade das Nuvens e que culmina com Vader revelando a Luke que é seu pai, é o melhor momento da saga – mas a revelação, em razão da cronologia estabelecida pela nova trilogia, hoje perdeu o impacto que teve à época. Dirigido pelo falecido Irvin Kershner e com um ótimo roteiro de Leigh Brackett e Lawrence Kasdan, tendo Lucas apenas na produção, o filme estreou em 1980 e, apesar de não ter tido a mesma repercussão do anterior (na verdade foi o filme da Trilogia Original que, em valores acumulados, menos rendeu nas bilheterias), surpreendeu por ser a ele muito superior. O final em aberto, com Han Solo congelado em carbonita e sendo levado pelo caçador de recompensas Boba Fett para Jabba The Hutt, deixou as plateias desconcertadas, ante a perspectiva de uma espera de três longos anos para a conclusão da saga.
EPISÓDIO VI: O RETORNO DE JEDI – O filme começa com R2-D2, C-3P0, Luke e Leia resgatando Han das garras de Jabba The Hutt. Após um combate que inclui Leia em um antológico biquíni de escrava e a aparente morte de Boba Fett, os heróis retornam para a Frota Rebelde, que se prepara para atacar a nova Estrela da Morte que está sendo construída pelo Império em órbita da lua florestal Endor. Luke volta a Dagobah onde Yoda, antes de morrer, lhe revela que Leia é sua irmã. Em missão de reconhecimento Luke, Han e Leia chegam a Endor e encontram os Ewoks, raça de pequenos ursos inteligentes que irá juntar-se à batalha contra o Império. Vader, a bordo da Estrela da Morte, recebe o Imperador Palpatine, que viera inspecionar o final da construção da estação espacial. Sabendo que seu destino é enfrentar o Imperador e resgatar seu pai do Lado sombrio, Luke se entrega a Vader e vai para a Estrela da Morte. As Forças Imperiais atraem a Frota Rebelde para uma armadilha, enquanto Luke inicia seu duelo final contra Vader e Palpatine. Sob a direção do também já falecido Richard Marquand, o encerramento da Trilogia Original acabou sendo o seu capítulo mais fraco. É um filme que, antecipando-se ao que veríamos na nova trilogia, parece dar razão àqueles que acusam Lucas de ter infantilizado o cinema, já que as poderosas tropas Imperiais acabam sendo derrotadas principalmente graças aos peludos Ewoks, criaturas que não passam de ursinhos de pelúcia armados com lanças. Além deles há montes de alienígenas e robozinhos engraçadinhos, todos feitos sob medida para ser posteriormente comercializados na forma de brinquedos. Mas para compensar o filme tem uma batalha espacial em grande escala, o confronto final entre o Imperador, Vader e Luke é memorável, e o destino de cada personagem é razoavelmente bem resolvido. A partir daqui a cronologia da saga STAR WARS prosseguiu apenas no chamado Universo Expandido (livros, gibis, games), com os capítulos VII a IX, que completariam o projeto original de Lucas, ainda por ser filmados. Lucas garantiu que a série de filmes encerrou-se em 2005 com o EPISÓDIO III, porém nunca se sabe. Afinal, como diria o Mestre Yoda, “O futuro, o Lado sombrio torna impossível prever...”.