Por Jorge Saldanha
| Data: 22/12/2011
Tendo saÃdo por aqui com algum atraso pela PlayArte, a primeira temporada de THE WALKING DEAD em Blu-ray está à altura da edição originalmente lançada nos EUA pela Anchor Bay, com a adição de menus, legendas e dublagens em português. Mas poderia ter havido um pouco mais de capricho na embalagem – o estojo plástico que traz os dois BDs nem uma luva de cartolina ganhou, ao contrário da versão em DVD. No mais, não há do que reclamar. Os seis episódios da temporada receberam transferências anamórficas 1080p/AVC MPEG-4, que preservam a proporção original de tela 1.78:1. Quem acompanha a série pela TV, mesmo em alta definição (1080i), notará uma considerável melhoria de qualidade graças à total ausência dos artefatos tÃpicos das transmissões digitais. Também perceberá um aumento na granulação da imagem, mas isso tem uma boa explicação: a fim de dar à série um visual mais rústico e realista, Frank Darabont optou por rodá-la em pelÃcula 16mm, que além de não ter a mesma definição do filme 35mm, é mais granulada. Outro efeito secundário da maior definição das transferências é tornar mais artificial o sangue digital, que jorra dos zumbis quando eles são atingidos. Já as cores, apesar da baixa saturação em algumas sequências, são fortes e naturais, e os pretos, sólidos, ajudam a delinear as sombras com precisão. No geral, dadas as caracterÃsticas da fonte, a imagem de THE WALKING DEAD nunca será deslumbrante, mas sempre possuirá ótima qualidade.
Melhor ainda que o vÃdeo da série é sua excelente faixa lossless DTS-HD Master Audio 5.1 original em inglês, que chega a surpreender em uma série dominada pelos diálogos. Estes sempre são ouvidos claramente, enquanto uma discreta mas eficiente ambientação envolve o espectador; e nos momentos em que a ação explode a mixagem em alta definição mostra toda a sua força. Você se vê cercado pelos gemidos e outros sons provocados pelos zumbis, reproduzidos com grande e cristalino realismo. Os canais traseiros são constantemente empregados para criar um ambiente de ameaça e horror, os tiros são ouvidos com grande precisão e os graves, quando necessário, são agressivos. O toque final é dado pela música de Bear McCreary (BATTLESTAR GALACTICA), que longe de ser onipresente surge no palco sonoro de forma econômica, mas eficaz, para aumentar a sensação de angústia e medo. Há também uma dublagem bem mais discreta em português Dolby 2.0, e legendas em português e inglês. Aliás, nas legendas você pode optar por uma fonte com um estilo semelhante ao das histórias em quadrinhos. Os interessantes menus principal (animado) e pop-up estão em português.