Luc Besson é responsável há algum tempo pelo Cinema du look onde o visual dos seus filmes de ação impera sobre o seu conteúdo. Responsável por produzir e roteirizar sucessos anteriores deste estilo como Busca Implacável e Assalto ao 13º Distrito ambos dirigidos por Pierre Morel que aqui também assina a direção do longa, “Dupla implacável” é talvez o filme mais fraco desta trilogia do Cinema du look, onde é justamente o roteiro de Besson que peca foi ser cheio de alegorias mas com pouco conteúdo real.

O filme inicia nos apresentando James Reece (Jonathas Rhys Meyers) um funcionário impecável que trabalha na embaixada dos Estados Unidos e tem como sonho ser agente secreto. Quando não está no seu trabalho, ele recebe ordens de uma voz misteriosa que o manda ir ao aeroporto pegar Charlie Wax (John Travolta caricato demais) que por onde passa causa tiroteios, confusão e muita ação, digamos. E é assim no resto do filme, que terá muitas explosões ao longo da projeção.

O problema do filme está na sua dupla principal. Eles não combinam. Embora Meyers consiga atuar maravilhosamente por fazer um personagem bem diferente de sue Henry Tudor da série The Tudors, Travolta se perde totalmente no personagem, alias este ator não anda em uma boa fase, seu outro filme atual Surpresa em Dobro - também não consegue ser eficiente no que se propõe. E junto à esta falta de química do “casal” principal, tem o roteiro fraquinho de Besson, que só pensa em como suas cenas vão ficar cool se tiverem muitos efeitos em tela.

Pra quem gosta do gênero vai apreciar o filme, embora este seja muito mais fraco que Takken. De qualquer forma, é um filme que provavelmente irá passar batido justamente por ser tão comum. Infelizmente, nada de extraordinário.