Crítica sobre o filme "Enrolados":

Viviana Ferreira
Enrolados Por Viviana Ferreira
| Data: 24/04/2011

Projeto iniciado pelo mago das animações Glen Keane em 2001, Enrolados é a nova e inteligente animação da Disney, que demorou quase 10 anos para ser lançado, mas que finalmente chega às telonas com sucesso de público e crítica (já faturou mais de 570 milhões mundialmente e, embora chegando em DVD e BD no Brasil, ainda está em cartaz em alguns cinemas internacionais).

Aqui temos a história clássica da Rapunzel, mas com um roteiro que modifica um pouco as coisas, melhorando, a perspectiva da narrativa. O roteirista - Dan Fogelman, que é conhecido por ter escrito os roteiros de Carros e Bolt, acrescentou à história um típico herói americano, cujo nome é Flynn Rider (Zachary Levy na versão original, Luciano Huck na versão em português), Flyyn Rider é inspirado no astro de cinema Errol Flynn, e seu estilo claramente atrai os meninos para verem o filme, o que faz o filme ser aberto a meninos e meninas.

A história é clássica - Rapunzel (Mandy Moore no original, Sylvia Salustti na versão em português) foi raptada quando pequenina por uma bruxa, Mamãe Gothel (Donna Murphy no original, Gotscha no Brasil) por causa de uma flor de sol que foi utilizada pela rainha, mãe da pequena princesa para que conseguisse se curar e ter a Rapunzel. Isso fez com que Rapunzel tivesse cabelos dourados e mágicos. Como mamãe Gothel se aproveitava desta flor para ficar jovem, decidiu raptar a menina, e criar como se fosse sua filha, em uma torre onde ela nunca poderia sair. Durante a vida inteira então Rapunzel fica presa na torre, mas não em um relacionamento de vítima e vilã com Mamãe Gothel, mas sim de mãe e filha, já que a garota acredita que a bruxa é sua mãe. Mas sua situação muda quando, por um infortúnio do destino, Flynn vai parar na torre da moça. Se escondendo por ter roubado uma coroa, Rapunzel que não é nada boba, faz um acordo com Flynn, onde ela só lhe entregará a coroa se ele a ajudar a sair da torre. E assim eles vão passar por diversas aventuras, com a ajuda de um cavalo hilário chamado Maximus e um camaleão de estimação da protagonista.

Mas claro que mais um vez, além da linda arte iniciada por Keane e continuada por Nathan Greno e Byron Howard, parte da magia de enrolados não existiria se Alan Menken não tivesse composto uma trilha tão magnífica e canções tão belas para o longa. Menken, vencedor de 8 Oscar®, preparou uma trilha muito especial, bem medieval e “aventuresca” para a história em questão. E a canção "I see the light" é um triunfo, tocada em uma das cenas mais belas já feitas em toda a história da animação.

O filme é simplesmente apaixonante - desde os protagonistas, à magnífica vilã, passando pela arte às canções-, ele é um daqueles filmes que agradam todas as idades, e é provavelmente o melhor filme de animação da Disney desde "O Rei Leão. Maduro, inteligente, divertido e emotivo, é um daqueles filmes que nos deixam com um sensação boa no final, resgatando pedaços de uma infância perdida, e nos ajudando a seguir em frente.